quarta-feira, 29 de julho de 2015

ETA REMÉDINHO RUIM

         Para quem ainda não sabe, sou médico! Sou médico há quase 40 anos. Com a experiência o médico aprende muito, não apenas sobre a profissão, mas principalmente sobre o ser humano.
            Na verdade toda profissão permite este desenvolvimento pessoal, porém aquelas que lidam com a angústia das pessoas dão mais oportunidade para que isto ocorra.
            Uma das principais falhas do ser humano, em minha opinião, é a dificuldade de comunicação. Ou melhor, a dificuldade de entender o que o outro tenta comunicar. Nem sempre o que você acha que falou é o que o outro ouviu.
            Pior é quando quem fala acha que o outro entende o que você falou, por ser algo para você algo óbvio. Por sorte aprendi isto muito cedo, com uns dois anos de formado.
            Este aprendizado ocorreu de uma forma, que hoje pode parecer anedótica, mas como diz o ditado: “seria cômico se não fosse trágico”.
            Calma! Ninguém morreu ou sofreu. Pelo menos não sofreu muito. Acho! Mas deixo o leitor concluir!

sábado, 4 de julho de 2015

O RETORNO

O que se convencionou chamar de RETORNO é definido pela Resolução 1958 de 2010, do Conselho Federal de Medicina, avalizado pela ANS, como sendo um complemento da consulta, a fim de avaliar a evolução desta ou analisar exames solicitados. Segundo a mesma resolução “no caso de alterações de sinais e/ou sintomas (...) deverá ser considerado como nova consulta e dessa forma ser remunerado”. Ou seja, o conceito de que a cada consulta o cliente terá 15 dias em que poderá “retornar’ à vontade não é uma verdade. Quem define a necessidade de retorno é o médico, segundo a Resolução acima.
No nosso caso estabelecemos que o cliente deverá entrar em contato com o médico para solicitar o retorno, caso não tenha sido previamente agendado. O retorno DEVE SER, assim como a consulta, PREVIAMENTE AGENDADO, em horário normal de consultório, segundo disponibilidade de VAGA!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA A ....

         VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL? Não responda já, pois o assunto não é maioridade penal. A discussão que trago é sobre a forma da pergunta.
           
            VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA qualquer coisa é uma pergunta falaciosa. Independente de sua resposta você caiu em uma armadilha: O FALSO DILEMA! 

            FALSO DILEMA (Falsa dicotomia, falso dilema, pensamento preto e branco ou falsa bifurcação) é um tipo de FALÁCIA, algo como uma meia verdade ou meia mentira. Existem vários tipos de falácias. O falso dilema é uma falácia de dispersão, na qual são dadas duas alternativas quando, na verdade, existem outras.  

            Você é a favor ou contra?   Geralmente quem faz este tipo de pergunta quer a resposta que ele tem em mente. Se você responde que é a favor e o interlocutor for contra, você arrumou uma discussão violenta.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O MÉDICO E O TELEFONE E O CELULAR E A INTERNET

O uso destes meios de comunicação é previsto no Código de Ética Médica, sendo PROIBIDO consulta por estes meios. Fornecer número de telefone, seja residencial, seja celular, NÃO É OBRIGAÇÃO DO MÉDICO! É UMA DEFERÊNCIA DO PROFISSIONAL
Cada profissional tem sua conduta. No nosso caso disponibilizamos o número do telefone CELULAR. O fato de informamos este número não significa que estaremos “online” 24 horas.
            Em diversas situações desligamos o aparelho, tais como cinema, reuniões, academia, palestras. Assim, o cliente pode ligar a hora que desejar. Se estivermos disponíveis atenderemos. Sempre solicitamos QUE NÃO DEIXE RECADO NA CAIXA POSTAL.
            Pode usar WhattsApp, mensagem, Email, Facebook ou qualquer outro meio de comunicação. Apenas lembramos que o fato de enviar uma mensagem não significa que esta foi recebida ou lida. Assim, se não respondermos à sua comunicação, procure outro meio de resolver o problema em questão.
            IMPORTANTE: Ao ligar ou enviar mensagens para o médico tome alguns cuidados. Comece informando quem é você. “Maria mãe do Lucas” é muito vago. Informe, além de sua identificação, quando foi o último atendimento, o que foi prescrito e algum detalhe que caracterize o cliente.