sábado, 23 de novembro de 2013

UMA HISTÓRIA DE PEDIATRA

Meu consultório tem um corredor longo e minha sala é a última de seis salas. Eu gosto de ir até a sala de espera buscar os clientes. Por motivos diversos: gosto de ver o que esta acontecendo; como esta a sala de espera e de interagir com os clientes dede a entrada. Na saída vou acompanhando o retorno. Eventualmente os clientes não percebem que estou indo junto. Esta semana atendi uma criança, a Anna, sua mãe e o irmão. A menina não viu que eu estava atras. No caminho a menina, de 4 anos, comenta com a mãe que "o tio Werneck é legal"! A mãe olhou para mim e fiz sinal para ela não comentar que eu ouvi. Não fiz nada de especial. Para mim foi normal, mas para a criança foi especial! Ganhei o dia! O mês! O ano!

sábado, 9 de novembro de 2013

SOBRE DIETAS E DIETAS

Ontem foi apresentado na TV um programa que falava sobre alimentação (de novo). Apresentaram extremos. Os que comem carne demais. Os Vegans, que não comem nenhum derivado animal, por razões filosóficas: proteger os coitados dos bichinhos. E um terceiro extremo (na minha opinião): a dieta (da moda) DETOX. Foi apresentada uma pesquisa que mostra que carne (1 bife por dia) não faz mal. Outra mostra que os vegetarianos vivem mais. Compararam as conclusões das duas. Compararam pesquisas diferentes, com enfoques diferentes, como se fossem a mesma coisa. NÃO SÃO! Até churrasco vegetariano foi feito. Na verdade cochilei antes do final do programa. Não vi a conclusão, mas tenho minha opinião, que não tem nada a ver com modismos. O ser humano é biologicamente ONÍVORO. Ou seja: seu organismo esta preparado para digerir alimentos de origem animal e vegetal. Se não desejar comer carne, não precisa, mas pode. Como tudo na vida, deve haver um equilíbrio. Em exagero tudo "faz mal". Até atividade física em excesso causa danos físicos. Conclusão: comer bem não significa privar-se de alguns prazeres. Basta ter EQUILÍBRIO.

domingo, 14 de abril de 2013

SOBRE OS CRIMES COMETIDOS POR MENORES DE IDADE

Esta novamente na mídia a discussão sobre a punição de “menores de idade” que cometem crimes. Discute-se, novamente, a redução da idade penal. Os favoráveis falam da impunidade que leva à criminalidade. Os contrários alegam que a base de tudo esta na educação e formação destes jovens. Vejo estas discussões sob dois aspectos: o da prevenção e o da punição. A prevenção depende de politicas sociais claras e voltadas para o bem-comum. Acesso à educação. Proteção das famílias abandonadas. Ocupação das áreas carentes (favelas) por agentes sociais que possam identificar as necessidades destes grupos abandonados. Estas ações terão resultado a longo prazo, porém não será eficaz se for dissociada da ações punitivas. Quanto à punição não vejo necessidade de se reduzir a idade penal. Basta diferenciar o menor infrator do menor criminoso e criar punições diferentes para cada uma destas categorias. A proposta do Governo do Estado de São Paulo é a que mais se aproxima desta minha idéia. Toda esta discussão vai longe e todos têm seus argumentos. Eu gostaria de trazer outros aspectos à discussão, que envolvem direta ou indiretamente o assunto. Primeiro o aspecto claramente eleitoreiro do posicionamento de nossos ”líderes políticos”. Tanto uns quanto outros falam para parcelas diferentes de nossa sociedade. Os de “direita” têm o discurso da sociedade que se sente agredida. Os de “esquerda” falam para as massas “menos favorecidas” que os colocaram (e irão manter) no poder. Enquanto os políticos raciocinarem para quatro anos (até a próxima eleição) continuarão existindo os Champinhas, os Pixotes e o rapaz do ônibus e só se falará sobre o assunto quando ocorrer um crime que abale a sociedade. Outro lado da questão tem a ver com a banalização da violência, que vemos na mídia. Seja na mídia jornalística, seja na lúdica. Filmes e novelas, com fim único de ganhar audiência, com a desculpa de retratarem a realidade, invadem nossos lares com violência, promiscuidade e atitudes, no mínimo, pouco éticas. Mesmo o noticiário, insiste e repete à exaustão, as gravações dos crimes, sem aprofundar o assunto. “Especialistas” são chamados a discutir os assuntos e dão opiniões que variam de óbvias a levianas sobre temas fundamentais para a sociedade. Quando o crime deixa de dar “ibope”, mudam para outros que nos levam a ser hipnotizados e conduzidos como gado.

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Solidão do Poder

Quando fiz a Escola de Comando e Estado Maior da Aeronautica, uma das primeiras apresentações foi um filme no qual um dos comandantes (nao lembro qual?) americanos na Europa, descrevia a solidão do momento em que uma determinada decisão tinha que ser tomada. Mesmo com todos seus assessores, com suas sugestões e analises, a decisão final seria sua, mesmo que tendo ouvido outros. Outra situação diz respeito a dificuldade que outros tem de se aproximar e opinar de forma leal, sem medo de contrariar o chefe ou sem tentar falar o que acham que o chefe quer ouvir. Esta solidão hoje tem sido relatada por executivos ou dirigentes de empresas diversas, nos mais variados níveis. Tentando achar na Internet o filme citado acima, encontrei um texto sobre o assunto, muito interessante. Aqui vai O link para este texto: http://www.fbde.com.br/eweekDetalhe.asp?idConteudo=2026& Vale a pena uma leitura.

domingo, 17 de março de 2013

Crescendo com as crises.

Ontem tive a oportunidade de conversar com dois amigos comproblemas graves. Quando falo de grave, refiro-me a problemas graves de saude. Ambos estão encarando seus problemas com uma firmeza que pessoas com problemas menores nao tem. Um deles, que passou por uma parada cardíaca, me disse que, depois de tudo, se sente mais fortalecido. O problema continua, mas depois do que aconteceu ele passou a encarar a vida de uma forma diferente. Melhor! Lembrei do Professor Portela, de Psiquiatria, lá longe, na época da faculdade. Em uma das aulas ele falava sobre as crises da vida. Crise com um momento decisivo. Dizia ele que a primeira grande crise era o nascimento. Dai para frente ele relacionava diversas CRISES: entrada na escola, perda de um ente querido, casamento, separação, formatura. E por aí afora! As crises podem fazer com que possamos crescer ou pode nos levar ao abismo. Quer dizer, para algumas pessoas pode levar ao abismo. Outras irão crescer. Lembrei disto ontem e falei para o amigo que ele cresceu por ter uma BASE firme, seja intelectual seja espiritual. Curioso e que as crises nao sao necessariamente negativas. Crises podem ser momentos positivos em nossas vidas. Acima citei casamento e separação, como crises. A pergunta importante e como nos preparar para superar as crises da vida!? A cada dia que passa acredito mais intensamente que o grande segredo seria o conhecimento. O autoconhecimento! Conhecer nossos sentimentos, nossas reações, nosso intimo. NOS CONHECER! Porque reagimos de uma ou outra maneira? Porque perdemos a paciência? Com o que nos irritamos? EIS O GRANDE SEGREDO! EIS A GRANDE DIFICULDADE! Nos conhecendo podemos nos corrigir e nos tornar melhor pessoa, nossa grande finalidade neste mundo! Afinal a ULTIMA GRANDE CRISE de nossa vida nao seria a morte? PS.: (ainda se usa PS?) Estou usando o IPad e nao sei acentuar direito com ele!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

MEDITAÇÃO E SAÚDE FÍSICA E MENTAL

Ao falarmos sobre meditação, boa parte das pessoas pensa naqueles sujeitos com turbante, magrelos, que só comem alface e tomam água sem gás. Na verdade, já há alguns anos a prática da meditação vem sendo estudada, de forma séria, como uma ferramenta terapêutica, em grandes centros médicos no Brasil e no exterior. A lista de seus benefícios para a saúde vem aumentando dia a dia. Antes de elencarmos os efeitos desta prática sobre o organismo, devemos entender o que é a meditação. Apesar de os primeiros relatos históricos sobre a meditação terem sua origem no Egito, há mais de 1.500 a. C., provavelmente sua prática, não sistematizada, deve ter surgido junto com a raça humana. A palavra meditar vem do Latim, MEDITARE, que significa “ir para o centro, voltar-se para dentro”. Desta forma, meditar é desligar-se do mundo exterior e voltar-se para si mesmo. Mas, como é a na prática a meditação? A forma mais conhecida de meditação entre nós, ocidentais, é a MEDITAÇÃO TRNSCENDENTAL (MT), popularizada a partir dos anos 60. Além desta técnica, calcula-se que existam mais de seis mil outras formas de ser praticada. A MT alcançou toda esta fama por ser mais simples e ter sido adotada pelos Beatles e por alguns famosos de Hollywood, nos “anos dourados”. Independente da técnica, seu ensino começa pela posição do corpo. A mais conhecida é a Posição de Lotus, aquela de Buda, que para os não iniciados mais parece uma forma de tortura, pois temos a sensação de estar quebrando nossos joelhos. Esta posição, assim como as outras tem razões esotéricas e fisiológicas, que não irei comentar aqui, para não alongar mais este texto. A MT preconiza sua prática mesmo sentado em uma cadeira, devendo os dois pés estar apoiados com as plantas inteiras no solo e as mãos sobre o colo, devidamente relaxadas. Nesta posição (ou em outra qualquer) devemos esvaziar a mente. Para atingir este objetivo lança-se mão de diversos recursos, tais como prestar atenção apenas em sua respiração, em um mantra, em um objeto real ou imaginário. Pronto. Fácil? Coisa nenhuma. No inicio vem à mente a conta de luz, a mensalidade da escola, os presidentes da câmara e do senado (minúscula de propósito) e por aí a fora. Melhor desistir, certo? Errado! Para não desanimar vejamos os benefícios para a saúde. A lista dos benefícios é longa, sem contarmos os aspectos esotéricos ou religiosos. Do ponto de vista médico, a prática da meditação, em suas variadas formas, vem sendo utilizada em diversas instituições sérias, como forma complementar de tratamento de doenças físicas e mentais. As pesquisas realizadas nestas instituição passam das 1400, demonstrando que a prática da meditação de forma regular, duas vezes por dia, com duração de 10 a 20 minutos, leva, dentre diversos, aos seguintes resultados: - Redução da pressão arterial; - Melhora da depressão e da ansiedade; - Alivio das dores crônicas, como a enxaqueca; - Redução dos sintomas da síndrome pré-menstrual; - Aumento da capacidade de concentração; - Melhora da qualidade do sono; - Aumento da autoestima; e - Redução da necessidade do uso de drogas, aqui incluídas fumo e álcool. Para terminar um detalhe interessante: como a atividade física, os efeitos da meditação demoram um pouco para surgir. Em média são necessários noventa dias para que seus resultados surjam. Comparando novamente com a atividade física, o difícil é começar e manter até virar um hábito, então MÃOS À OBRA.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DE DESASTRE EM DESASTRE

Estamos todos em comoção pelo que aconteceu neste final de semana. Todos nós discutimos qual tamanho e quantas portas deveria haver na boate. Sabemos exatamente o que deveria ter sido feito. Os jornalistas criticam a falta de fiscalização e põe o bombeiro contra a parede, com perguntas capciosas. Todos nós viramos especialistas em segurança. A comoção foi devida à proporção do desastre e à busca da mídia por audiência, que vai repetir as imagens até deixarem de ter interesse. Então a tristeza nacional ficará reservada aos familiares dos que morreram. A “caça às bruxas”, desencadeada nos órgãos públicas, com uma promessa de mudança em legislação, irá durar só até o próximo desastre. Como cheguei a esta conclusão? Alguém lembra do Morro do Bumba? Da pousada em Angra? Das cidades da Serra Fluminense? Das promessas de maior fiscalização nas construções nas encostas? Também falou-se em modificar legislação! E daí!? Foi um desastre! Também, como tantos, pensei que poderia ter sido um filho meu. Morreram 231 jovens de uma vez só. Um desastre, concordo! Gostaria, porém, de fazer uma pergunta: quantas vidas são perdidas, aos poucos, em nossas estradas, por falta de segurança, de responsabilidade e de fiscalização? Como morrem aos poucos, vão sendo esquecidos mais rapidamente. Esquecemos da criança que morreu com uma bala na cabeça há uns dias. Morreu por irresponsabilidade de vários. Morreu por falta de segurança pública. Outros irão morrer do mesmo jeito. Alguns dirão que é diferente. Será? Falta de segurança, de responsabilidade e fiscalização. Um desastre esconde o outro! Esquecemos até do mensalão. Lembram? Vou propor uma aposta: em seis meses as casas noturnas estarão funcionando do mesmo jeito que hoje! Nada irá mudar. E assim segue a vida: de desastre em desastre!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SOBRE AS FALÁCIAS DA INTERNET (E DA VIDA)

O termo FALÁCIA significa algo como uma meia verdade (ou meia mentira), quando alguém parte de uma premissa errônea, de forma proposital ou equivocada, e chega a uma conclusão falsa, mas não inteiramente. Esta explicação não é técnica (será uma falácia?). Quem desejar uma explicação mais técnica pode ir ao link http://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia , que tem uma abordagem mais completa. Um tipo de falácia é que fala sobre “estudiosos”, “pesquisas” ou “especialistas” que chegam a conclusões “brilhantes” e que viram Emails que rodam o mundo. O Facebook é uma grande fonte de FALÁCIAS que se transformam em verdades absolutas. Em alguns casos estas falácias podem trazer prejuízos a quem acredita nelas, sem buscar outras fontes de informação mais fidedignas. Para cada informação, noticia ou fato existe informações, detalhes ou dados que as complementam e podem servir para mostrar as falhas de tais verdades absolutas. Todo dia nos encontramos com pessoas que produzem falácias. Costumo dizer que estas pessoas são mais felizes, pois falam inverdades sem se preocupar com a fundamentação destas. Estas pessoas as produzem por maldade ou por ignorância pura e simples. No artigo em questão: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/afp/2013/01/02/estudo-diz-que-alguns-quilos-a-mais-podem-aumentar-tempo-de-vida.htm uma leitura rápida já mostra falhas no texto. Uma delas diz respeito à classificação de obesidade, que é confundida com a de sobrepeso. Qualquer conclusão prática sobre o artigo deveria iniciar com a leitura do texto original, citado como sendo do JAMA (Journal of the Medical American Association), sem citar qual edição deste importante periódico medico. Ao publicar no Facebook tive duas intenções: fazer uma brincadeira e uma provocação. Tanto é que não fiz qualquer comentário técnico (“OBAAAA” não é técnico).