sexta-feira, 23 de novembro de 2012

HOMEOPATIA MITOS E VERDADES

ENTREVISTA PARA O PORTAL A12.COM Portal A12 - André Costa A Homeopatia é uma especialidade médica que trata de várias patologias, mas que, devido á falta de informação, é confundida com medicina alternativa ou complementar. Por menor que seja o preconceito em relação à homeopatia, ele ainda existe, seja por parte da população ou da própria classe médica, que muitas vezes reluta em indicar um tratamento. Também é comum o espanto, quando se ouvem relatos de casos em que o paciente trata algum processo agudo ou crônico do organismo apenas com a homeopatia. Segundo o médico pediatra com curso de especialização em homeopatia , Mauricio Lobosco Werneck, para a homeopatia, os sintomas sutis, incomuns, são fundamentais para a prescrição do medicamento correto e a homeopatia tema finalidade de promover o equilíbrio dos pacientes. “O objetivo principal do tratamento homeopático é o equilíbrio do organismo. Este equilíbrio deve ser obtido por mudanças de hábitos de vida inadequados e pelo uso de medicamentos. Os medicamentos homeopáticos promovem um equilíbrio ou reequilíbrio do individuo, em seus aspectos físicos, mentais e afetivos. Desta forma a homeopatia tem ações tanto “curativas” como preventivas. Caso tivéssemos que escolher a “melhor resposta” diríamos que a homeopatia é eminentemente preventiva”, disse. A Homeopatia ganhou nos últimos anos a aceitação e estímulo dos Órgãos de Saúde Pública no Brasil, tendo sido implantada em vários Centros de Saúde e Postos de Atendimentos Médico. Atualmente existe um grande número de cursos de formação homeopática para médicos, farmacêuticos, odontólogos e veterinários. A seguir você confere entrevista especial com o Dr. Maurício Lobosco Werneck sobre a homeopatia e os resultados desse tipo de tratamento. A12- Medicamentos homeopáticos podem ser consumidos por qualquer faixa etária? Dr. - Os remédios homeopáticos podem utilizados em qualquer idade. Desde crianças pequenas até idosos podem se beneficiar desta forma de terapêutica. Não que não haja contraindicações ao seu uso. Como toda terapêutica seu uso deve criterioso. A12- Existem contraindicações para medicamentos homeopáticos? Dr. - Falar que homeopatia “não faz mal” não é verdade! O uso de medicamentos homeopáticos de forma inadequada, em determinadas, pode causar transtornos. Certos remédios não podem ser usados junto com outros ou em continuação. Outra característica do tratamento homeopático é que este é dirigido à pessoa e não à doença. Ou seja, para cada pessoa haverá o melhor remédio, de acordo com o conjunto de sinais, sintomas e características individuais. O remédio homeopático que curou a Bronquite do vizinho pode ser completamente errado para você. A12- O tratamento pela Homeopatia é mais longo do que seria o tratamento com remédios convencionais? Dr. - A duração ou a resposta a um tratamento homeopático não é necessariamente mais longo ou mais lento que o alopático. Um exemplo é a Asma. Tanto o tratamento homeopático quanto o alopático pode demorar meses ou anos. A duração do tratamento homeopático depende do tempo de doença, dos tratamentos realizados anteriormente e da idade do individuo. A12- Quais as chances de a doença voltar após o tratamento? Dr.- Homeopatia não é uma panaceia nem remédio miraculoso. Homeopatia é uma forma de tratamento como qualquer outra, que tem seus riscos de insucesso ou retorno, na dependência de diversos fatores, como o tipo de doença e o próprio organismo. Por outro lado, como qualquer tratamento, a sua interrupção precoce, antes do momento correto, será fator provável de insucesso. Desta forma há necessidade de um acompanhamento e controle do tratamento. A12- Quem está fazendo tratamento homeopático para uma determinada doença pode tomar o remédio comum para outra? Dr. - Há algum tempo dizia-se que homeopatia era uma “terapia alternativa”. Hoje ela é classificada como tratamento complementar. Ou seja, pode ser utilizada concomitantemente com qualquer outro tipo de remédio ou terapia. Desta forma, todo tratamento disponível e ético deve ser utilizado de forma a se oferecer o melhor para o paciente. A12- Existem doenças que não respondem a homeopatia? Dr.- Diversos fatores podem interferir no resultado de um tratamento homeopático, geralmente ligado à pessoa tratada ou à própria evolução da doença. Não existem doenças que não responderiam ao tratamento homeopático, apenas aquelas de indicação cirúrgica. Segundo Samuel Hahnemann, criador da homeopatia, as doenças cirúrgicas não respondem ao tratamento homeopático e não devem ter a indicação de cirurgia postergada. A12- Aquelas "bolinhas" se forem ingeridas em quantidade exagerada podem causar reação? Dr. - Qualquer medicamento, quando utilizado de forma inadequada ou exagerada, pode causar problemas. Tanto é que existem remédios homeopáticos que são “antídotos” de outros. Estas reações têm características diferentes das reações dos medicamentos alopáticos, mas existem. A12- Quando deve começar o tratamento homeopático na criança? Dr.- A qualquer momento, sempre que necessário. Não existe a necessidade de ser utilizar remédio homeopático para “uma criança saudável não vir a ficar doente”. Caso a criança demonstre ter predisposição para determinada doença, deverá ser avaliada sobre a pertinência de se iniciar um tratamento. A12- Que tipos de doenças podem ser tratadas? Dr. - Qualquer pessoa, excetuando-se as com doenças cirúrgicas, pode se beneficiar com o tratamento homeopático, seja como único tratamento, seja em complementação a outro tratamento. Cabe ao médico determinar qual o melhor tratamento para aquele momento da vida da pessoa. Lembro que o profissional de saúde tem a obrigação de usar ou indicar os melhores recursos terapêuticos para seu cliente. O fato de um individuo estar em tratamento homeopático não impede de ser usado um antibiótico, por exemplo, quando bem indicado. A12- Como saber se a criança está respondendo a tratamento? Dr.- Qualquer tratamento necessita de reavaliações periódicas para saber se esta caminhando conforme o desejado. Diversas variáveis devem ser analisadas, nestas reavaliações, não apenas a doença em si. Como falado anteriormente, a homeopatia é um tratamento da pessoa. A forma como o cliente percebe ou tolera a doença. Eventuais complicações que deixam de acontecer. Comportamento do humor durante os sintomas. Ou seja, avalia-se o todo da pessoa. A12- Como o médico decide entre a homeopatia e a alopatia no tratamento de uma doença em uma criança? Dr.- Quando depositamos nossa confiança em um profissional de saúde, este tem a obrigação de usar os melhores recursos disponíveis e éticos, para levar o organismo a um reequilíbrio, objetivo maior de qualquer tratamento. A homeopatia promove um aumento da capacidade de reação do organismo. Um antibiótico diminui a capacidade de uma bactéria causar malefícios ao organismo, permitindo que as defesas orgânicas acabem de matar estas bactérias. Existem indicações para um e para outro tratamento. A decisão depende da avalição do médico. A12- O número de crianças tratadas com homeopatia tem crescido? Dr.- Muito! As pessoas anseiam por um tratamento mais humanitário, holístico, no qual ela seja vista como uma pessoa inteira, com seus anseios, suas angústias, expectativas. Quem está doente é a pessoa, não a perna, o pé, o olho, o útero. O excesso de especialização da medicina, o exagero de tecnologia, a mercantilização da vida social, são fatores que fazem com que as pessoas procurem alternativas mais humanas. Este fenômeno tem se dado em diversas áreas, não só na medicina. Quantos profissionais se interrogam se vale a pena trabalhar na intensidade que se exige hoje. A12- A criança tratada com homeopatia pode ter uma vida mais saudável? Dr.- Uma vida saudável depende de hábitos saudáveis, além de outros fatores. Alimentação, atividade física, relacionamentos sociais e interpessoais de qualidade, respeito à individualidade e à diversidade, segurança pessoal e pública, acessibilidade, finanças pessoais, ambiente saudável, empregabilidade. Querer uma pílula ou bolinha ou injeção que resolva todos os problemas do mundo é tão ilusório quanto a busca da fonte da juventude por Juan Ponce de Leon.

sábado, 17 de novembro de 2012

VOCÊ SABE OUVIR?

"Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente. A maioria das pessoas jamais ouve." (Ernest Hemingway) Recentemente um amigo, a quem respeito muito, disse que uma grande qualidade que eu tenho é a de saber ouvir! Achei interessante e tentei entender o que ele quis dizer com isto! Ora! Ao tentar entender o que ele queria dizer eu já tive a resposta à minha dúvida: eu escutei e tentei entender o que aquilo significava. Isto é saber ouvir: ESCUTAR E TENTAR ENTENDER! Excetuando os deficientes auditivos, todos nós escutamos, mas poucos de nós sabemos ouvir. Escutar e procurar entender. Quantas vezes, no meio de uma frase, escutamos alguém falar: “sem querer interromper” e já interrompe, muitas vezes em meio a uma explicação ou frase, sem deixar você concluir seu raciocínio. Esta atitude, deixando de lado a falta de educação, pode até ser útil, pois impede você de perder tempo, pois quem faz isto não está nem um pouco interessado em entender, não quer nem escutar. Já tem respostas para tudo, por arrogância ou por preconceito. Saber ouvir é perigoso, pois pode significar admitir erros. Quem não tem a coragem suficiente para admitir que possa estar ou ter errado, já tem as desculpas prontas na ponta da língua. Por outro lado, ouvir evita conflitos desnecessários. Quantos conflitos, pessoais ou coletivos, poderiam ser evitados se as pessoas soubessem ouvir. Ouvir exige uma atitude dificílima: CALAR. Não tentar mostrar que esta com a razão, mesmo que você certeza que está corretíssimo. Para terminar uso uma frase de Dean Rusk, Secretário de Estado nos governos J F Kennedy e Lyndon Johnson: "Um dos melhores modos para persuadir os outros é com os teus ouvidos, escutando-os.”