segunda-feira, 27 de junho de 2011

MÉDICO OU FUTURÓLOGO?

Hoje recebi um Email de uma mãe perguntando sobre a rapidez do resultado de um dado tratamento: " SÓ QUERIA SABER SE REALMENTE VOU TER BONS RESULTADOS COM ESSE TRATAMENTO E SE É RÁPIDA A MELHORA."
Considero absolutamente natural querermos que nossos sofrimentos e, pricipalmente, de quem é próximo (dos filhos então nem se fala) terminem rápido. Melhor se nem existissem. Acontece que os fatores envolvidos em uma doença e no seu resultado são múltiplos e, muitas vezes, fora de nosso controle.
Comecemos pensando o seguinte: tem gente que tem doenças graves. Tem gente que nunca tem nem um resfriado. Esta é variação individual. Tem pessoas que tem as mesmas caracteristicas, tem a mesma doença e cada em tem uma evolução diferente. Exemplo: Asma (que chamam erroneamente de Bronquite) pode ser leve moderada ou grave. Mesmo sob as mesmas condições.
Quais fatores podem influenciar a evolução das doenças e o resultado de seu tratamento? Vamos lá.
GENÉTICA. Idade. Tempo que está doente. Ambiente (clima, CIGARRO, rua, cidade, poluição, CIGARRO, animais em casa, colégio). Comportamento individual(alimentação, CIGARRO, atividade física). Aspectos emocionais (espiritualidade, tranquilidade, ansiedade). Já falei do CIGARRO?
Assim, dizer se vai evoluir de uma ou outra forma. Se o tratamento vai ter este ou aquele resultado, pode ser um exercício de futurologia.
Certo é que após conhecer o cliente, acompanhá-lo por um tempo, conhecer suas reações podemos dar um prognóstico bem próximo do real. Às vezes, até na primeira consulta podemos fazer um prognóstico adequado, dependendo das informações colhidas.
Um outro fator preponderante em qualquer tratamento é a CONFIANÇA NO MÉDICO. Algumas vezes um tratamento é como um voo sem instrumentos: depende da habilidade e experiência do piloto e das correções de rumo que devem ser feitas. Se não existir confiança você vai pular de médico em médico, sem dar chance de acompanhar o tratamento e fazer as correções de rumo.

domingo, 19 de junho de 2011

Hábitos saudáveis podem dar lucro para você.

Nós, que trabalhamos com saúde coletiva, tentamos há muito tempo convencer as pessoas que investir em prevenção de doenças e promoção da saúde é o melhor caminho. Na Unimed de Guaratinguetá criamos, há mais de seis anos, o Departamento de Medicina Preventiva e Qualidade de Vida. O que vem acontecendo é que a adesão a nossos programas, por parte dos clientes tem sido muito baixa. Quem compra um plano de saúde o faz pensando em usar quando ficar doente. Tanto é que sugerimos (de forma ironica, lógico) mudar o nome de plano de saúde para PLANO DE DOENÇA.
Quando começamos com os programas de medicina preventiva na Unimed propusemos uma forma de bonificação (descontos nas mensalidades) para os clientes que aderissem a estes programas. Fomos alertados que a agência reguladora (Agência Nacional de Saúde Suplementar)encarava este tipo de estimulo como uma forma de limitar o uso por parte dos clientes. Assim, a proposta foi "arquivada".
Há uns dias, para nossa alegria e surpresa, a ANS iniciou uma discussão sobre bonificações e descontos para clientes que aderirem a programas de promoção da saúde oferecidos pelas operadoras.
Mas com funcionaria isto? Exemplo: um individuo com alguma doença crônica ou fator de risco (pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol elevado) procuraria o Departamento de Medicina Preventiva, onde seria feito um cadastro deste cliente. De comum acordo com o médico assistente deste cliente, seriam estabelecidas metas (alimentação, atividade física, consultas regulares, controle laboratorial e outras). Os profissionais da Medicina Preventiva acompanham e auxiliam o cliente na busca pela metas. Aqueles que comprovadamente cumprem suas metas teriam o benefício previamente estabelecido.
Para quem não sabe, existem empresas que bonificam financeiramente funcionários que entram em programas de atividade física oferecidos pela própria empresa.
A implantação deste projeto será um avanço social e médico. Vamos acompanhar e participar!

domingo, 5 de junho de 2011

NÃO ME PESO MAIS

Você tem balança no banheiro? Eu tenho! Só que não subo nela há uns três meses. Não que tenha desistido de manter um peso saudável. Apenas descobri que não adianta você se pesar. Os quilos a mais estarão sempre lá. Mas, e a história do peso ideal? Primeiro vamos fazer uma diferenciação entre peso ideal e peso saudável.

Eu acredito piamente que quem sabe qual o melhor peso para você é seu próprio corpo. Certo que eu gostaria de ter o corpo da Déborah Secco (entenderam a malícia?). Voltando: nosso corpo busca seu ponto de equilíbrio. Ponto este que não está em tabela alguma. Este equilíbrio pode ser com IMC de 25 ou de 18 ou de 25,5. Quem sabe de 28.

Quer dizer que podemos engordar à vontade. NADA DISSO! Meu ponto de vista: o que interessa não é o peso que você alcança, mas o TIPO DE VIDA QUE VOCÊ LEVA. O foco não deve ser a balança, mas fazer atividade física, alimentação saudável e não fumar. Tudo isto com alegria. Se você só fica feliz empanturrando de batata frita, manda bala! Saiba que vai morrer gordo e jovem, porém feliz. Melhor que velho, magro e triste. O que não pode é se arrepender depois. A OPÇÃO É SUA! Correto é não se encher de batatinhas, frituras, doces, álcool, café e outras guloseimas.

Mas o que fazer? Primeiro: não vá ao supermercado. Mande alguém para você. Com uma lista que tenha frutas, verduras, coalhada, queijo branco, leite desnatado e outras coisas do gênero. Enquanto seu amigo faz as compras, vai dar uma caminhada. Se na lista houver cerveja, chocolate ou refrigerante, avise seu amigo para “esquecer”. O que quero dizer é que você só vai comer errado se estiver disponível. São quatro pessoas em casa? Compre quatro pãezinhos e quatro fatias de queijo. UMA PARA CADA UM. Não compre besteira, que você não vai comer errado.

Alimente-se de forma correta e faça atividade física! O resto vai ficar por conta de sua natureza. E esqueça da balança!