terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DE DESASTRE EM DESASTRE

Estamos todos em comoção pelo que aconteceu neste final de semana. Todos nós discutimos qual tamanho e quantas portas deveria haver na boate. Sabemos exatamente o que deveria ter sido feito. Os jornalistas criticam a falta de fiscalização e põe o bombeiro contra a parede, com perguntas capciosas. Todos nós viramos especialistas em segurança. A comoção foi devida à proporção do desastre e à busca da mídia por audiência, que vai repetir as imagens até deixarem de ter interesse. Então a tristeza nacional ficará reservada aos familiares dos que morreram. A “caça às bruxas”, desencadeada nos órgãos públicas, com uma promessa de mudança em legislação, irá durar só até o próximo desastre. Como cheguei a esta conclusão? Alguém lembra do Morro do Bumba? Da pousada em Angra? Das cidades da Serra Fluminense? Das promessas de maior fiscalização nas construções nas encostas? Também falou-se em modificar legislação! E daí!? Foi um desastre! Também, como tantos, pensei que poderia ter sido um filho meu. Morreram 231 jovens de uma vez só. Um desastre, concordo! Gostaria, porém, de fazer uma pergunta: quantas vidas são perdidas, aos poucos, em nossas estradas, por falta de segurança, de responsabilidade e de fiscalização? Como morrem aos poucos, vão sendo esquecidos mais rapidamente. Esquecemos da criança que morreu com uma bala na cabeça há uns dias. Morreu por irresponsabilidade de vários. Morreu por falta de segurança pública. Outros irão morrer do mesmo jeito. Alguns dirão que é diferente. Será? Falta de segurança, de responsabilidade e fiscalização. Um desastre esconde o outro! Esquecemos até do mensalão. Lembram? Vou propor uma aposta: em seis meses as casas noturnas estarão funcionando do mesmo jeito que hoje! Nada irá mudar. E assim segue a vida: de desastre em desastre!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SOBRE AS FALÁCIAS DA INTERNET (E DA VIDA)

O termo FALÁCIA significa algo como uma meia verdade (ou meia mentira), quando alguém parte de uma premissa errônea, de forma proposital ou equivocada, e chega a uma conclusão falsa, mas não inteiramente. Esta explicação não é técnica (será uma falácia?). Quem desejar uma explicação mais técnica pode ir ao link http://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia , que tem uma abordagem mais completa. Um tipo de falácia é que fala sobre “estudiosos”, “pesquisas” ou “especialistas” que chegam a conclusões “brilhantes” e que viram Emails que rodam o mundo. O Facebook é uma grande fonte de FALÁCIAS que se transformam em verdades absolutas. Em alguns casos estas falácias podem trazer prejuízos a quem acredita nelas, sem buscar outras fontes de informação mais fidedignas. Para cada informação, noticia ou fato existe informações, detalhes ou dados que as complementam e podem servir para mostrar as falhas de tais verdades absolutas. Todo dia nos encontramos com pessoas que produzem falácias. Costumo dizer que estas pessoas são mais felizes, pois falam inverdades sem se preocupar com a fundamentação destas. Estas pessoas as produzem por maldade ou por ignorância pura e simples. No artigo em questão: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/afp/2013/01/02/estudo-diz-que-alguns-quilos-a-mais-podem-aumentar-tempo-de-vida.htm uma leitura rápida já mostra falhas no texto. Uma delas diz respeito à classificação de obesidade, que é confundida com a de sobrepeso. Qualquer conclusão prática sobre o artigo deveria iniciar com a leitura do texto original, citado como sendo do JAMA (Journal of the Medical American Association), sem citar qual edição deste importante periódico medico. Ao publicar no Facebook tive duas intenções: fazer uma brincadeira e uma provocação. Tanto é que não fiz qualquer comentário técnico (“OBAAAA” não é técnico).