segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CONTRA A PALMADA E CONTRA A LEI DA PALMADA

A propósito da “Lei da Palmada” lembrei que há vários anos, uma revista semanal publicou carta de uma psicóloga, na qual ela explicava as vantagens “pedagógicas da palmada”. Segundo ela a palmada aplicada com calma, sem raiva, no sentido de educar e disciplinar seria útil e inofensiva. Logo na semana seguinte o Colégio que meus filhos frequentavam na época, distribuiu PARA TODOS OS PAIS, cópia da tal carta. Ao ler a reportagem eu já não havia concordado, mas, ao ver a cópia distribuída, não me contive e escrevi uma carta de repúdio ao colégio, com argumentos que reproduzo resumidamente. Primeiro a criança necessita sentir protegida pelos pais. A palmada, por mais leve e carinhosa que seja, será sempre uma agressão. Por outro lado a diferença de tamanho entre os dois, criança e adulto, caracteriza uma tremenda covardia. Outro agravante é o de que a “palmada carinhosa e educativa”, em geral é aplicada em um momento de raiva por parte da os pais, podendo conter força desproporcional ao que sugeria a psicóloga. Como complicador, sabemos que os espancamentos infantis começam com uma palmada, que vai virando hábito, até chegar em um espancamento. Estes foram meus argumentos à época e são os mesmos que mantenho agora. Mas vamos para a Lei. SOU CONTRA A TAL LEI DA PALMADA. Considero uma interferência complicada do Estado na vida do cidadão, além de ser uma Lei com cara de coisa mais politica que outra intensão. Pelo que entendo já existem Leis que protegem a criança e o adolescente. Não vejo necessidade de regular o que já tem regulamento. Pode servir como motivo de discussão do assunto, mas como lei, acho que será mais uma a ser ridicularizada ou mal aplicada.

domingo, 18 de dezembro de 2011

ALGUÉM DUVIDAVA...

Alguém poderia, em sã consciência, duvidar que o Mundial de Clubes seria do Barcelona. FÁCIL. E os corintianos, são paulinos, flamenguistas, vascaínos e demais não peguem no pé dos santistas, pois, hoje, o Santos é o SEGUNDO MELHOR TIME DO MUNDO. O barça seria campeão contra qualquer time do mundo. Seria fácil contra qualquer outro time. Mas não pretendo discutir futebol, assunto sobre o qual não conheço nada. Acho interessante perceber o quanto nós somos manipulados pela mídia, que tentou, e conseguiu, dar esperança ao impossível. Transformou algo que seria sem graça, como foi, no jogo do ano. Como já transformou picaretas em caçadores de marajás. E muitos acreditaram no irreal. Como transforma uma história banal em vulgar em cultura nacional. Falo das novelas. Como transforma apresentadores grosseiros em verdadeiros filósofos. Tomemos cuidados e desconfiemos do que tentem nos empurrar guela abaixo. Tenhamos critérios próprios.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A EVOLUÇÃO DA MEDICINA

A ciência médica vem evoluindo a passos fenomenalmente largos. Exames, medicamentos, aparelhagem, próteses, transplantes. O incremento tecnológico nestes últimos anos foi fenomenal. Mas todos sentem que algo esta faltando. Sobra tecnologia e falta humanização. Falta carinho. Falta conversa.
Dor de cabeça vira uma tomografia. Dor nas costas é igual a uma ressonância. Obesidade nada mais é que um estômago a ser reduzido. O ser humano é visto de uma forma fragmentada. É a visão cartesiana do individuo.
Cartesiana vem de René Descartes, que acreditava que o universo era como um relógio, que poderia ter seu todo conhecido pela análise das partes. É o contrário da visão holística, de HOLOS, que significa todo, mas um TODO integrado.
Paralelamente à evolução tecnológica da medicina cresceu a procura pelas chamadas terapias alternativas, sejam como especialidades médicas, sejam como outras profissões da área de saúde. Esta busca vem aumentando de uma forma impressionante. Médicos e pacientes se dizem desiludidos com as terapias convencionais e partem para procurar outras formas de uso das ciências da saúde.
Assim, enquanto a tecnologia desumanizava (e ainda o faz) a medicina, a medicina alternativa era (e ainda é) o grande baluarte da humanização. Mas, qual é o melhor: a medicina tecnicista ou a alternativa? Antes de responder vamos observar duas coisas. Primeiro: não é a tecnologia que desumaniza. É seu uso inadequado. Seja exagerado ou mercantilista. Segundo: não foi a medicina que se desumanizou. Foi a humanidade. Foi o ser humano. Mas, voltemos à pergunta: qual é o melhor?
Lembro que quando fiz especialização em homeopatia (no distante ano de 1986), havia uma clara dicotomia: quem usava remédio homeopático não poderia usar antibiótico, não podia fazer RX, muito menos tomar vacina. Eu nunca concordei com esta postura (ver: http://drwerneck.blogspot.com/2010/01/afinal-homeopatia-funciona.html). Ou você usava uma forma de tratamento ou outra: “se você for usar homeopatia não precisa voltar a me procurar” diziam alguns médicos.
Passado o tempo convencionou-se mudar o termo terapia alternativa para terapia COMPLEMENTAR. Ou seja, o que era opcional passou a ser um complemento terapêutico. Mas, só mudou o nome. Ainda existe certo preconceito, de ambas as partes.
Agora, surge uma evolução. Vem crescendo o conceito de MEDICINA INTEGRATIVA. O que é isto? Nada mais é que a INTEGRAÇÃO (claro) entre as terapias convencionais e as complementares. Esta integração deve ser coordenada por um profissional que tenha formação e visão ampla, para fazer o que melhor puder ser feito para seu cliente. Exemplificando: a dor nas costas que falei acima. Pode necessitar da ressonância (nada contra). Pode ser cirúrgica (com indicações muito restritas). Pode melhorar com RPG, osteopatia, acupuntura, meditação e por aí afora.
Esta é a grande evolução da medicina do título acima. A integração das diversas formas de “medicina”. Ou melhor, das diversas formas de “assistência à saúde”. Ou seja: a compreensão que o ser humano é mais que seu corpo: é corpo, mente, alma e emoções.
PS.: Como curiosidade: no site http://nccam.nih.gov/ temos acesso a diversas informações sobre o que falei acima. O site é do NATIONAL CENTER FOR COMPLEMENTARY AND ALTERNATIVE MEDICINE do NATIONAL INSTITUTE OF HEALTHY do governo americano.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

OS ERROS NO PLANEJAMENTO EM SAÚDE I

Não importa em quanto são aumentados os recursos financeiros alocados para o atendimento às necessidades de assistência médica. A cada dia são insuficientes para atender às “necessidades”. O aumento destas necessidades é devido a diversos fatores, alguns inevitáveis (envelhecimento da população é um deles), outros claramente devidos a planejamento inadequado. Este planejamento inadequado está presente seja na área privada, seja na pública.
Na área pública todos já tivemos a oportunidade de evidenciar a criação de serviços decorrente de uma decisão meramente politiqueira. É o caso do prefeito, amigo do governador, que queria criar um serviço de mamografia em uma cidade de pequeno porte, pois não queria que os munícipes se deslocassem a um centro maior, cujo prefeito era de um partido rival. Ou o caso do vereador que exigia do prefeito a criação de um serviço de alta complexidade, tipo UTI. Em ambos os casos (reais) não havia demanda que justificasse a criação destes serviços.
Alguns iriam dizer que meu raciocínio estaria voltado apenas para o aspecto financeiro. ESTÁ! Este deve o raciocínio ou iremos ter uma UTI em cada esquina. Um cardiologista em cada porta. Um pediatra dentro de cada casa.
No caso dos serviços privados existe um problema semelhante, porém com outro foco: resultado financeiro! Explicando: na saúde privada os investidores desejam o que todo investidor deseja: LUCRO. Nada errado, em minha opinião. Só existe um problema: quem paga a conta? No final sempre quem paga a conta será a sociedade.
Mas quais seriam os erros? O erro principal é de avaliação da demanda. A maneira certa de se avaliar a necessidade de inclusão de novas tecnologias ou de novos serviços deveria ser baseada em dois aspectos: qual a demanda reprimida e qual seu custo/efetividade.
Como acontece hoje: tecnologias recém-implantadas em países do primeiro mundo são incorporadas por nós sem as avaliações acima. Quem implanta ou quem investe nestas tecnologias tem uma conta para pagar (em geral em dólar) e um lucro em vista. Para se atender a esta “demanda financeira”, muitas vezes cria-se uma demanda pelos procedimentos que irão atender os interesses dos investidores.
Mas que história é esta de criar demanda? Para explicar o que quero dizer pego emprestado parte do artigo “GASTOS EM SAÚDE: OS FATORES QUE AGEM NA DEMANDA E NA OFERTA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE” publicado em “Saúde e Sociedade 9(1/2):127-150, 2000”

“A especialização dos médicos aumentou nos últimos anos. Esta maior especialização determina uma modificação na produção médica. Os atos médicos mais banais, consultas e visitas, diminuem comparativamente aos atos mais técnicos, de especialidades, cirúrgicos ou radiológicos. Este aumento pode ser justificado, mas é importante que os recursos sejam mais racionalmente usados. É clássico dizer-se em economia da saúde que a oferta cria sua própria demanda, a conhecida "Lei de Roemer". O surgimento de novos leitos determina a entrada no hospital de doentes que anteriormente seriam tratados em outras estruturas de serviços de saúde, consultórios, por exemplo.”

Ressalto que não sou contra a evolução das tecnologias em saúde. Não sou contra exames. Não sou contra lucro. Apenas trago à discussão um assunto que interessa a todos. A fim de ilustrar a importância desta discussão recordo artigo publicado na Gazeta Mercantil, há uns sete anos. No artigo, o autor, cujo nome não me recordo, dizia que, caso os custos com a assistência à doença continuassem crescendo no mesmo ritmo “em quinze anos TODOS os sistemas de saúde do MUNDO, públicos e privados, irão falir. Para tal não acontecer será necessário o envolvimento de todos: financiadores (Estado ou planos de saúde), prestadores de serviços de saúde (médicos e instituições) e clientes, principalmente as empresas”. Segundo o autor a responsabilidade seria de todos.
Bom! Se a previsão estiver certa, para quinze anos, FALTAM APENAS OITO!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PONTUALIDADE: DEFEITO OU QUALIDADE RARA

A festa estava marcada para 21 horas. Alguém me perguntou que horas eu pretendia chegar. Respondi: “no compromisso marcado para 21? Pretendo chegar às 21 em ponto”. A interlocutora retrucou que é deselegante chegar no horário!? Disse que quem convida, já convida esperando um atraso de pelo menos meia hora.
Meu avô chegava meia hora me todos seus compromissos. Meu pai saia de casa bem antes do horário, alegando possibilidade de algum imprevisto. Eu tenho o péssimo hábito de chegar EM PONTO. Do tempo da Aeronáutica carrego a frase “oito horas não é oito e um nem um para as oito”.
Será que nunca atraso? Eventualmente sim, mas por imprevistos realmente imprevisíveis. Explico: trânsito em cidades grandes não é imprevisto. Acidente, que fecha a Dutra, é imprevisto (ou não?). Sempre saio e chego aos meus compromissos em tempo. Existem situações nas quais atraso. Nestes casos AVISO E EXPLICO a quem de direito.
E quem sempre atrasa? Existem explicações diversas. As duas principais: desorganização ou demonstração de autoridade. Existe outro aspecto que é cultural e folclórico, que é a sala de espera de consultórios. Reclamações diversas sobre o assunto existem. Como resolver o problema?
Antes que pensem que só médico atrasa fica aqui uma queixa pessoal contra diversas outras profissões: ELETRICISTAS, ENCANADORES, ENGENHEIROS. Tem um serviço em casa que o profissional marcou umas cinco vezes e NÃO APARECECEU. Na última o próprio marcou, garantiu, não deu satisfação. Ah! Não devo nada para ele! Bom, voltemos ao assunto principal.
Inicialmente deixemos claros alguns problemas. Primeiro: o número de clientes que atrasam ou marcam e não aparecem nem avisam é enorme. Em um levantamento feito em nossa Unimed, o número de faltas sem aviso passa de 25%. Ou seja, de cada dez consultas agendadas, QUATRO FALTAM. Se mudar o clima então, faltarão mais de 40% (aconteceu comigo esta semana). Esta atitude prejudica o profissional e outros clientes. Como consequência alguns profissionais fazem “overbooking”: marcam mais do que a agenda permitiria.
Outro problema: COMUNICAÇÃO. Deveria haver uma clara combinação entre profissional e cliente, tendo a secretária como elo. É muito comum a secretaria dizer que o “médico atrasa mesmo”, complementando com um “todo mundo sabe”. Já ouvi este comentário. Como resolver?
Um profissional de saúde, mais especificamente, médico, pode agendar consultas de três formas diferentes: hora marcada, ordem de chegada e uma mescla destas duas. Hora marcada é hora marcada! Consulta agendada para 15 horas, o profissional deveria ter se planejado para atender esta consulta às 15 horas! O que não pode é marcar para as 15, o profissional chegar às 16, já tendo gente esperando desde às 14. NO CASO DE HORA MARCADA.
Por ordem de chegada. Exemplo: a partir das 14 o profissional estará á disposição de quem chegar. Conforme for chegando entra em uma fila, que pode ter um número variável de clientes.
A terceira forma: uma mescla das duas anteriores. O profissional sabe que em uma hora pode atender três clientes. Média de vinte minutos cada atendimento. Ele marca para as 14 horas quatro clientes. O primeiro a chegar será o primeiro a ser atendido. Mais quatro para as 15 e por aí afora. Se for fazer overbooking, marcará cinco, pois se faltar um (chance estatística enorme de ocorrer) não ficará ocioso.
Em todas as três formas há que haver comunicação e organização. O cliente tem o direito de saber qual é a forma de marcação de consulta. O profissional (a secretária é extensão do profissional) tem o dever de informar corretamente. A relação entre profissional e cliente é uma relação tacitamente contratual, mesmo não documentada. O profissional responde ao Código de Defesa do Consumidor.
Quer dizer que o médico (meu caso) não pode atrasar? Pode, em algumas situações. Eventualmente pode haver uma urgência que ocupa o médico. EVENTUALMENTE. O cliente deve ser avisado e decidir o que fazer.
Outro fator de imprevisibilidade é o tempo de cada consulta. As consultas são agendadas para uma duração média. Quinze, vinte, trinta minutos. Depende da especialidade e da experiência do profissional. Estas podem demorar menos ou mais que o tempo previsto. Uma consulta programada para durar meia hora pode demorar uma, por exemplo. Ou menos que meia. Daí poder haver certo atraso. Qual o tolerável? Não há critério. Depende de cada profissão. Eu, COMO CLIENTE, acho que mais que meia hora é MUITO.
Na verdade o que falta em nossos consultórios são DUAS coisas: ORGANIZAÇÃO e COMUNICAÇÃO.
PS.: Veja o post O MÉDICO QUE ESPERA em meu Blog no dia 14 de julho de 2011: http://drwerneck.blogspot.com/2011_07_01_archive.html

terça-feira, 30 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

SER HUMILDE É UMA VIRTUDE!?

Para algumas culturas e religiões prega-se a humildade como sendo uma virtude. Ontem, em nossa reunião, comentei sobre o assunto e lancei a idéia de trocar humildade por NÃO ARROGÂNCIA. Mas qual a diferença? Eu não sabia bem o motivo, mas a apologia de que “ser humilde” é uma virtude me causa certo incômodo. Não que eu seja arrogante. Pelo contrário. Mas voltemos ao assunto: humildade.
Para tentar organizar as ideias fui ao dicionário e encontrei as seguintes definições para humildade:
1. virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade
2. sentimento de fraqueza, de inferioridade com relação a (alguém ou algo)
3. reverência ou respeito para com superiores; acatamento, deferência, submissão
4. falta de luxo, de brilho; simplicidade, sobriedade Ex.: a h. de seus trajes
5. condição do que é desfavorecido economicamente; pobreza, penúria
Ou seja, ao mesmo tempo em que humildade é considerada uma virtude, pode ter uma conotação negativa: sentimento de fraqueza, de inferioridade. Vejamos agora arrogância.
1. Qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez.
2. Derivação: por extensão de sentido. atitude desrespeitosa e ofensiva em atos ou palavras; insolência, atrevimento, ousadia.

“Observemos que aparecem as palavras “suposta superioridade”, “prepotência”, “desprezo”, seguidas de “desrespeito, insolência, ofensa, atrevimento, ousadia”. Isto significa que o arrogante, por se supor superior, acaba sendo insolente, desrespeitoso, atrevido e daí em diante.
Voltemos ao raciocínio inicial: humildade é uma virtude. Nem sempre. Pode ser sinal de submissão, inferioridade. Arrogância também não. Alguns arrogantes usam a humildade para dar uma de superior. Reparem nestas pessoas. Estrão à nossa volta.
Na verdade a grande qualidade não está em ser humilde ou arrogante, mas sim no reconhecimento de suas qualidades e defeitos e conseguir ser você mesmo sem ser arrogante. Ou seja, a grande virtude não está na humildade. Está na NÃO ARROGÂNCIA!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

COMO VOCÊ DIRIGE?

Não por acaso, nas noticias do final de semana predominaram comentários sobre mortes e acidentes de trânsito. Álcool, excesso de velocidade, desrespeito às leis. Todas, juntas ou separadas são responsáveis pela perda de vidas. Uma morte a cada 15 minutos. Repito a cada 15 minutos morre uma pessoa no Brasil, vitima da irresponsabilidade de alguém. Ué? Não é por acidente? ACIDENTE: Acontecimento imprevisto, inesperado. Esta é a definição dos dicionários.
Fortuito. Inesperado. Imprevisto. Se você dirige acima da velocidade. Dirige após beber. Ultrapassa pela direita. Avança sinal vermelho. Não respeita pedestre. COLA NA TRASEIRA DO OUTRO CARRO. Se você faz alguma destas coisas, está assumindo um risco. Assim, se sofrer um acidente, não será algo FORTUÍTO, INESPERADO ou IMPREVISTO, Será a consequência de uma IRRESPONSABILIDADE.
Ah! Mas eu dirijo direitinho! Tem certeza? Tenho uma teoria: ao volante as pessoas se transformam! Ou revelam sua real personalidade! Senhoras educadas falam palavrão. Fazem gestos obscenos. Pais de família se tornam violentos e agressivos.
Parar sobre a faixa de pedestres. Colar na traseira de outros carros. Estacionar em locais impróprios. Basta dar uma voltinha pela nossa cidade. Parar e observar. Em locais onde circulam até nossa elite social e cultural.
Poderia dar exemplos vários. Mas deixo por conta de quem me lê. COMO VOCÊ DIRIGE? Observe-se. Pois acredito que muita gente age sem pensar. Pense que seus atos irão afetar terceiros. Ponha-se no lugar deste terceiro.
Lembre-se: durante a leitura deste texto alguém morreu. Provavelmente um jovem, filho de alguém, vitima de “acidente”, causado pela IRRESPONSABILIDADE de alguém.

sábado, 6 de agosto de 2011

A EVOLUÇÃO DA MEDICINA

A ciência médica vem evoluindo a passos fenomenalmente largos. Exames, medicamentos, aparelhagem, próteses, transplantes. O incremento tecnológico nestes últimos anos foi fenomenal. Mas todos sentem que algo esta faltando. Sobra tecnologia e falta humanização. Falta carinho. Falta conversa.
Dor de cabeça vira uma tomografia. Dor nas costas é igual a uma ressonância. Obesidade nada mais é que um estômago a ser reduzido. O ser humano é visto de uma forma fragmentada. É a visão cartesiana do individuo.
Cartesiana vem de René Descartes, que acreditava que o universo era como um relógio, que poderia ter seu todo conhecido pela análise das partes. É o contrário da visão holística, de HOLOS, que significa todo, mas um TODO integrado.
Paralelamente à evolução tecnológica da medicina cresceu a procura pelas chamadas terapias alternativas, sejam como especialidades médicas, sejam como outras profissões da área de saúde. Esta busca vem aumentando de uma forma impressionante. Médicos e pacientes se dizem desiludidos com as terapias convencionais e partem para procurar outras formas de uso das ciências da saúde.
Assim, enquanto a tecnologia desumanizava (e ainda o faz) a medicina, a medicina alternativa era (e ainda é) o grande baluarte da humanização. Mas, qual é o melhor: a medicina tecnicista ou a alternativa? Antes de responder vamos observar duas coisas. Primeiro: não é a tecnologia que desumaniza. É seu uso inadequado. Seja exagerado ou mercantilista. Segundo: não foi a medicina que se desumanizou. Foi a humanidade. Foi o ser humano. Mas, voltemos à pergunta: qual é o melhor?
Lembro que quando fiz especialização em homeopatia (no distante ano de 1986), havia uma clara dicotomia: quem usava remédio homeopático não poderia usar antibiótico, não podia fazer RX, muito menos tomar vacina. Eu nunca concordei com esta postura (ver: http://drwerneck.blogspot.com/2010/01/afinal-homeopatia-funciona.html). Ou você usava uma forma de tratamento ou outra: “se você for usar homeopatia não precisa voltar a me procurar” diziam alguns médicos.
Passado o tempo convencionou-se mudar o termo terapia alternativa para terapia COMPLEMENTAR. Ou seja, o que era opcional passou a ser um complemento terapêutico. Mas, só mudou o nome. Ainda existe certo preconceito, de ambas as partes.
Agora, surge uma evolução. Vem crescendo o conceito de MEDICINA INTEGRATIVA. O que é isto? Nada mais é que a INTEGRAÇÃO (claro) entre as terapias convencionais e as complementares. Esta integração deve ser coordenada por um profissional que tenha formação e visão ampla, para fazer o que melhor puder ser feito para seu cliente. Exemplificando: a dor nas costas que falei acima. Pode necessitar da ressonância (nada contra). Pode ser cirúrgica (com indicações muito restritas). Pode melhorar com RPG, osteopatia, acupuntura, meditação e por aí afora.
Esta é a grande evolução da medicina do título acima. A integração das diversas formas de “medicina”. Ou melhor, das diversas formas de “assistência à saúde”. Ou seja: a compreensão que o ser humano é mais que seu corpo: é corpo, mente, alma e emoções.
PS.: Como curiosidade: no site http://nccam.nih.gov/ temos acesso a diversas informações sobre o que falei acima. O site é do NATIONAL CENTER FOR COMPLEMENTARY AND ALTERNATIVE MEDICINE do NATIONAL INSTITUTE OF HEALTHY do governo americano.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

Estamos na SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO do ano 2011. A finalidade desta é reforçar a importância do aleitamento materno para o bom desenvolvimento da criança. Mas qual o porquê de termos que lembrar algo que deveria ser natural? A principal razão vem do fato que, ainda hoje, com todas as informações disponíveis, muitas mães deixam de amamentar muito cedo. E quais seriam os motivos para este abandono precoce? O retorno ao trabalho é um deles. Hoje, as mulheres empregadas são mais numerosas que no passado. Existem leis que facilitam a vida da mulher que esta amamentando, este é um importante fator.
Outro motivo é cultural: “O leite é fraco”. “A criança mama toda hora”. A criança não engorda”. Estas diversas “desculpas” são derivadas de desconhecimento da fisiologia do aleitamento.
Um outro fator é o fato de que amamentar dá trabalho. A mãe fica “escrava” da criança. Não tem horário e ela tem que estar sempre disponível. Daí, algumas mães, claramente, não desejam amamentar. Assim surgem as mais diversas desculpas.
Mas qual a diferença entre aleitamento materno e artificial. O primeiro é óbvio: o estomago da criança está preparado para digerir o leite humano. O do bezerro para digerir leite de vaca. O do cabrito para digerir leite de cabra. Simples não? Mas e os leites em pó? Ora, são todos derivados de leite de vaca, modificados para se adaptar à digestão humana, mas ainda contendo proteínas destinadas ao estomago do bezerro.
Assim, a criança amamentada ao seio tem uma digestão mais fácil e rápida. Basta ver que quando a criança solta leite o coalho é diferente. Por ser mais rápida a criança mama com mais frequência.
Quais as outras vantagens da amamentação? O Leite materno tem anticorpos e lactobacilos que protegem a criança de infecções intestinais e respiratórias. O equilíbrio na composição do leite humano evita desnutrição e obesidade. Aumenta o vínculo afetivo entre mãe e filho. Diminui a chance alergias dos mais diversos tipos.
Para a mulher as vantagens são: reduz a probabilidade de câncer de seio. Ajuda o útero a voltar ao tamanho normal. Emagrece mais rápido. NÃO FAZ O SEIO FICAR CAÍDO.
E como amamentar? Não tem segredo: “chorou põe no peito”. Falo deste jeito para minhas clientes, sem medo de errar. A natureza dá conta de acertar horários e ritmos.
Outro dado: o leite materno é o único alimento necessário até o sexto mês de vida e ser mantido, juntamente com outros alimentos até dois anos de idade.
Para terminar, deixo o lema da campanha MUNDIAL deste ano: COMUNIQUE-SE. AMAMENTAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA EM 3D. Este lema tem por finalidade destacar que a informação é a principal arma no sentido de alertar as mães para a importância do leite materno para o bom desenvolvimento físico e emocional de seus filhos e filhas.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O MÉDICO QUE ESPERA

Vou fazer um desabafo! Não aguento mais os chás de cadeira que levo de alguns clientes. Eu sei que quase todo mundo reclama do tempo perdido em sala de espera de consultórios. Eu sou um chato quanto a horário. Juntou o que aprendi com “Seu João”, meu avô, que chegava uma hora antes em todo compromisso, com vários anos como militar. “Dez horas não é dez e um, nem um minuto para as dez”, era (acho que ainda é!?) o que ouvíamos e falávamos no quartel.
Chego antes do horário em meus compromissos, aí incluído o consultório. Pode haver atraso? Pode! Imprevistos acontecem. Só que não todo dia. Eventualmente podem ocorrer. EVENTUALMENTE!!!
Hoje, por exemplo, minha primeira consulta estava marcada para 09:30. É meu horário normal de inicio do turno da manhã. Cheguei às 09:25. O primeiro cliente já estava esperando. Chegou antes! Atendi imediatamente. O segundo cliente estava marcado para as 09:451 São 10:00 horas. Ele não chegou e não avisou se vem ou não. Quando acontece comigo os imprevistos citados acima, ligo avisando. Acho que é uma questão de respeito.
Por exemplo: na última terça-feira, os quatro primeiros clientes atrasaram. Conclusão: uma hora de atraso nas consultas. Houve, ainda, duas consultas emergenciais. O resultado final foi que, nas últimas consultas, o tempo de espera passou de uma hora! E estes clientes já entravam na consulta olhando de cara feia, SEM SER CULPA MINHA. E ainda por cima acabei “almoçando” uma barra de cerais, no carro, indo para a Unimed.
Por outro lado, a média de clientes que faltam à consulta sem avisar, mesmo tendo confirmado a consulta, é de mais de 25%. Ou seja, a cada dez consultas marcadas, quatro faltam sem avisar.
Se alguém quiser retrucar com o argumento de atraso de seus médicos, respondo, antecipadamente, que falo por mim. Não posso responder pela conduta de outros.
Falei que seria um desabafo. E foi!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

QUEM TEM MEDO DE “CORTISONA”

Alguns clientes têm um verdadeiro pânico do uso de um grupo de medicamentos chamados de corticoides (que as pessoas chamam de cortisona). Já ouvi de tudo, até que “derrete o coração”. Mas o que verdade ou mentira sobre este importante e extremamente útil grupo de medicamentos?
Primeiro, os corticoides não são apenas remédios. O nosso organismo produz o CORTISOL (um tipo de corticoide), em duas glândulas que ficam em cima dos rins, sendo, por este motivo, chamadas de GLÂNDULAS SUPRARRENAIS. Este hormônio exerce influência natural sobre o crescimento, na eliminação e retenção de líquidos, no metabolismo de proteínas, das gorduras e da glicose (influenciando assim o ganho e perda de peso), na cicatrização, na imunidade, entre outras coisas.
Na quantidade certa o cortisol é fundamental para o perfeito funcionamento do corpo. A falta destes hormônios, assim como seu excesso, causa doenças graves conhecidas como Doença de Addison e de Cuching, respectivamente.
E os corticoides remédios? Estes são PRODUTOS SINTÉTICOS, na sua maioria bem mais potentes que o cortisol. Existem várias substâncias diferentes, em diversas formas de apresentação: tópicos (cremes e pomadas), injetáveis, inaláveis, orais (comprimidos, líquidos, gotas), colírios e gotas nasais. Nestas formas de apresentação podem estar isolados ou associados a outros medicamentos.
Estes produtos são INDICADOS em diversas doenças: asma, alergias, lúpus, rinite, sinusite, artrite, leucemias, linfomas, nefrite, dermatite, gota e muitas outras. Reparem que eu falei que tem INDICAÇÃO, ou seja, são MUITO ÚTEIS, constituindo uma importante classe de medicamentos.
Mas e a história que eles fazem mal? Bom, todo remédio tem efeitos colaterais. Os corticoides têm vários (MUITOS) e alguns graves. Quer saber quais são? Tem certeza? Então está bom. Vamos lá: estrias, acne, pelos anormais, obesidade, retenção de líquido, pressão alta, aumento da glicose do colesterol, diminuição da imunidade, osteoporose, distúrbios do crescimento, entre outras.
Então quer dizer que não devemos usar os corticoides? Nada disso. Se há necessidade, tem que usar! É a tal da INDICAÇÃO, à qual me referi acima. Mas e os efeitos colaterais? Estes irão depender da dose, da forma de administração e do tempo de uso. Ou seja: doses baixas ou descontinuadas têm muito pouco risco de causar problemas. Felizmente, na maioria das vezes é assim que os corticoides são utilizados. Mas e se for necessário o uso continuo e com doses elevadas? Existem doenças que exigem esta conduta, devido à sua gravidade. Vamos ter que usar e tentar controlar ao máximo os efeitos colaterais. Mas veja que o “mal” da história não é o remédio e sim a doença. Concorda? Vamos, agora, ver alguns detalhes sobre estes remédios.
O uso descontinuado não tem efeito cumulativo. Por exemplo: alguém, quando criança, usa corticoide para CRISES DE ASMA, por períodos de poucos dias, de tempos em tempos, como é comum. Se não apresentou efeitos colaterais durante o uso estes não irão surgir depois de adulto. Assim, quando escuto que “estou gordinha por ter usado muito corticoide quando criança”, tenho certeza que é uma bela desculpa, mas não a realidade.
Quando usado por muito tempo não podemos parar abruptamente o uso. O uso prolongado inibe a produção natural do cortisol, assim a dose deve ser reduzida gradualmente, para dar tempo do organismo voltar a produzir o hormônio. Quando usado por menos de cinco dias ou como spray, em doses normais não precisa fazer redução gradual da dose.
Existem formas mais seguras de corticoides. Esta segurança foi alcançada por algumas mudanças, tais como forma de administração (os sprays ou bombinhas são mais seguras que os por via oral), vida média mais curta da substância (fica menos tempo no organismo), dose única diária (reduz a inibição da produção natural do cortisol).
Desta forma podemos concluir que os corticoides são úteis, devendo ser usado conforme orientação do seu médico, sem medo, pois na dose adequada, pelo tempo recomendado, com indicação precisa será um excelente aliado na busca por uma melhor QUALIDADE DE VIDA.
OBS.: Este texto foi escrito a pedido de uma cliente, a Camila. E aí, Camila? Era isto que você queria?

domingo, 3 de julho de 2011

Você telefona para seu médico?

Ninguém discorda que o telefone é uma importante ferramenta de comunicação, principalmente depois do advento do (maldito) celular. No que diz respeito à profissão médica é, de uma certa forma, uma segurança para os clientes saber que poderão encontrar seus médicos a qualquer hora. Mas existem algumas regras (até de etiqueta) que devem ser seguidas. Primeiro, você deve perguntar ao seu médico se você pode ligar a qualquer hora. Se ele está com o celular ligado o tempo todo. Se ele liberar você para ligar a qualquer hora, lembre-se que o médico tem o direito de fazer o que todo ser humano faz, algumas coisas com privacidade. Por exemplo, ele pode estar ao volante. Falar ao telefone enquanto dirige é arriscado e pode dar multa! Pode estar atendendo ou em cirurgia.
Desta forma a sua primeira frase deve ser: "Bom dia, doutor. Aqui é Fulana(o), seu cliente. O Sr. pode falar agora. Posso ligar outra hora?"
Ao ligar tenha todas as informações necessárias à mão. Fica dificil o médico identificar você quando diz que "aqui é a mãe da Laura"! Que Laura? Assim procure algo que seja mais caracteristico: "aqui é a Maria de Souza, mãe da Laura, que esteve com o Sr. ontem."
É, também, fundamental que tenha em mãos as últimas receitas, além de papel e caneta, para eventuais anotações. É complicado quando alguém liga e depois deixa o médico na linha enquanto espera que pegue a caneta: "Paulinho. Corre para pegar um lápis. O Dr. está com pressa!"
Outra coisa que você deve saber: É PROIBIDO FAZER CONSULTA POR TELEFONE. É falta ética grave. Mas, então para que serve o telefone: serve para tirar alguma dúvida. Saber o que fazer no caso de um problema. Onde ir. Saber se seu médico pode atender naquele momento. Relatar uma reação ao medicamento. Comunicar o resultado de um tratamento. Coisas deste tipo.
Se o médico pedir para ligar daqui a quinze minutos, não ligue daqui a quatro horas. Ligue daqui a quinze minutos. Ontem uma cliente me ligou durante uma reunião. Pedi que ligasse às dez em ponto. Ela ligou às DEZ, certinho. E eu atendi.
Se você seguir estas "regras" evitará ansiedade e terá um relacionamento bem interessante com seu médico.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

MÉDICO OU FUTURÓLOGO?

Hoje recebi um Email de uma mãe perguntando sobre a rapidez do resultado de um dado tratamento: " SÓ QUERIA SABER SE REALMENTE VOU TER BONS RESULTADOS COM ESSE TRATAMENTO E SE É RÁPIDA A MELHORA."
Considero absolutamente natural querermos que nossos sofrimentos e, pricipalmente, de quem é próximo (dos filhos então nem se fala) terminem rápido. Melhor se nem existissem. Acontece que os fatores envolvidos em uma doença e no seu resultado são múltiplos e, muitas vezes, fora de nosso controle.
Comecemos pensando o seguinte: tem gente que tem doenças graves. Tem gente que nunca tem nem um resfriado. Esta é variação individual. Tem pessoas que tem as mesmas caracteristicas, tem a mesma doença e cada em tem uma evolução diferente. Exemplo: Asma (que chamam erroneamente de Bronquite) pode ser leve moderada ou grave. Mesmo sob as mesmas condições.
Quais fatores podem influenciar a evolução das doenças e o resultado de seu tratamento? Vamos lá.
GENÉTICA. Idade. Tempo que está doente. Ambiente (clima, CIGARRO, rua, cidade, poluição, CIGARRO, animais em casa, colégio). Comportamento individual(alimentação, CIGARRO, atividade física). Aspectos emocionais (espiritualidade, tranquilidade, ansiedade). Já falei do CIGARRO?
Assim, dizer se vai evoluir de uma ou outra forma. Se o tratamento vai ter este ou aquele resultado, pode ser um exercício de futurologia.
Certo é que após conhecer o cliente, acompanhá-lo por um tempo, conhecer suas reações podemos dar um prognóstico bem próximo do real. Às vezes, até na primeira consulta podemos fazer um prognóstico adequado, dependendo das informações colhidas.
Um outro fator preponderante em qualquer tratamento é a CONFIANÇA NO MÉDICO. Algumas vezes um tratamento é como um voo sem instrumentos: depende da habilidade e experiência do piloto e das correções de rumo que devem ser feitas. Se não existir confiança você vai pular de médico em médico, sem dar chance de acompanhar o tratamento e fazer as correções de rumo.

domingo, 19 de junho de 2011

Hábitos saudáveis podem dar lucro para você.

Nós, que trabalhamos com saúde coletiva, tentamos há muito tempo convencer as pessoas que investir em prevenção de doenças e promoção da saúde é o melhor caminho. Na Unimed de Guaratinguetá criamos, há mais de seis anos, o Departamento de Medicina Preventiva e Qualidade de Vida. O que vem acontecendo é que a adesão a nossos programas, por parte dos clientes tem sido muito baixa. Quem compra um plano de saúde o faz pensando em usar quando ficar doente. Tanto é que sugerimos (de forma ironica, lógico) mudar o nome de plano de saúde para PLANO DE DOENÇA.
Quando começamos com os programas de medicina preventiva na Unimed propusemos uma forma de bonificação (descontos nas mensalidades) para os clientes que aderissem a estes programas. Fomos alertados que a agência reguladora (Agência Nacional de Saúde Suplementar)encarava este tipo de estimulo como uma forma de limitar o uso por parte dos clientes. Assim, a proposta foi "arquivada".
Há uns dias, para nossa alegria e surpresa, a ANS iniciou uma discussão sobre bonificações e descontos para clientes que aderirem a programas de promoção da saúde oferecidos pelas operadoras.
Mas com funcionaria isto? Exemplo: um individuo com alguma doença crônica ou fator de risco (pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol elevado) procuraria o Departamento de Medicina Preventiva, onde seria feito um cadastro deste cliente. De comum acordo com o médico assistente deste cliente, seriam estabelecidas metas (alimentação, atividade física, consultas regulares, controle laboratorial e outras). Os profissionais da Medicina Preventiva acompanham e auxiliam o cliente na busca pela metas. Aqueles que comprovadamente cumprem suas metas teriam o benefício previamente estabelecido.
Para quem não sabe, existem empresas que bonificam financeiramente funcionários que entram em programas de atividade física oferecidos pela própria empresa.
A implantação deste projeto será um avanço social e médico. Vamos acompanhar e participar!

domingo, 5 de junho de 2011

NÃO ME PESO MAIS

Você tem balança no banheiro? Eu tenho! Só que não subo nela há uns três meses. Não que tenha desistido de manter um peso saudável. Apenas descobri que não adianta você se pesar. Os quilos a mais estarão sempre lá. Mas, e a história do peso ideal? Primeiro vamos fazer uma diferenciação entre peso ideal e peso saudável.

Eu acredito piamente que quem sabe qual o melhor peso para você é seu próprio corpo. Certo que eu gostaria de ter o corpo da Déborah Secco (entenderam a malícia?). Voltando: nosso corpo busca seu ponto de equilíbrio. Ponto este que não está em tabela alguma. Este equilíbrio pode ser com IMC de 25 ou de 18 ou de 25,5. Quem sabe de 28.

Quer dizer que podemos engordar à vontade. NADA DISSO! Meu ponto de vista: o que interessa não é o peso que você alcança, mas o TIPO DE VIDA QUE VOCÊ LEVA. O foco não deve ser a balança, mas fazer atividade física, alimentação saudável e não fumar. Tudo isto com alegria. Se você só fica feliz empanturrando de batata frita, manda bala! Saiba que vai morrer gordo e jovem, porém feliz. Melhor que velho, magro e triste. O que não pode é se arrepender depois. A OPÇÃO É SUA! Correto é não se encher de batatinhas, frituras, doces, álcool, café e outras guloseimas.

Mas o que fazer? Primeiro: não vá ao supermercado. Mande alguém para você. Com uma lista que tenha frutas, verduras, coalhada, queijo branco, leite desnatado e outras coisas do gênero. Enquanto seu amigo faz as compras, vai dar uma caminhada. Se na lista houver cerveja, chocolate ou refrigerante, avise seu amigo para “esquecer”. O que quero dizer é que você só vai comer errado se estiver disponível. São quatro pessoas em casa? Compre quatro pãezinhos e quatro fatias de queijo. UMA PARA CADA UM. Não compre besteira, que você não vai comer errado.

Alimente-se de forma correta e faça atividade física! O resto vai ficar por conta de sua natureza. E esqueça da balança!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

RESSACA EM NITERÓI

Ontem, domingo, Niterói viu uma senhora ressaca. Como sou de lá, já vi várias vezes o mar revolto naquela cidade, porém nunca como esta. Sem levar em conta minhas ressacas pessoais memoráveis.
Tempestades homéricas. Tornados como poucas vezes vistos. Secas. Desabamentos na serra. Será a natureza cobrando a conta do descaso da humanidade?
Não sou o que poderia ser chamado de um ecochato, nem um pessimista, mas não podemos deixar de pensar em como cada uma de nossas atitudes pessoais pode influenciar o mindo a nossa volta. Este pensamento não serve apenas para o clima, mas para a sustentabilidade do mundo como um todo.
O lixo jogado pela janela do carro. O papel de bala no bueiro. O lixo no ribeirão.
Gosto muito das idéias sugeridas na campanha "oito formas de mudar o mundo", que constituem os "OBJETIVOS DO MILÊNIO".
A ressaca em Niterói pode não ser um aviso, mas pode ser encarada como um lembrete, que pode fazer com que nós adotemos atitudes para um mundo melhor.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O SER HUMANO É RACIONAL?

Eu lembro que aprendemos na escola que o ser humano era o único animal racional. Os demais eram irracionais. O que falar de um dos sujeito mais poderosos do mundo, que ataca a camareira de um hotel. CADÊ A RACIONALIDADE DESTE SUJEITO?
No interior de nosso encéfalo temos um negócio chamado sistema límbico. É o onde estão guardados nossos instintos mais primitivos. Nossa parte animal irracional esta ali dentro. O nosso cortex, mais desenvolvido, impede, segura, inibe esta parte instintiva. Nossa racionalidade está em nosso cortex manter o sistema limbico adormecido.
Existem situações em que o sistema límbico sobrepõe-se ao córtex. Uma situação em que a racionalidade humana evapora é ao volante. Não se todos concordam mas, ao volante a maioria das pessoas deixa seu sistema límbico engolir o córtes. Viramos animais irracionais, sem qualquer respeito à vida, própria ou alheia. EXAGERO?!
Dirija um pouco na Dutra. Sinta o bafo quente de um caminnhão de algumas toneladas ma sua nuca. Perceba o sujeito passando voando por você, que já está a 110, em dia de chuva. Veja o carro oficial ultrapassar pela sua direita, com secretario municipal dirijindo e usando e celular. CADÊ A RACIONALIDADE?

domingo, 8 de maio de 2011

QUALIDADE DE VIDA E ESPIRITUALIDADE (parte I)

Esta semana fiz mais uma palestra sobre qualidade de vida. A cada palestra sobre este assunto (e já foram várias) acontecem alguns fatos. Primeiro eu aprendo um pouco mais sobre o assunto e, em consequência, mudo um pouco meu comportamento (sempre para melhor). Outro detalhe é que mudo o enfoque principal do tema. Nesta última, realizada no clube Itaguará, o foco foi espiritualidade e em consequência fiz algumas pesquisas sobre o tema saúde e espiritualidade.
O principal dado sobre este tema é que o número de universidades americanas que acrescentaram o assunto em seus currículos dos cursos de medicina já passa de cem, contra pouco mais de dez a uma década. Algo para pensar a respeito.
Outro detalhe importante é que dos mais de dois mil sócios do clube compareceram ao evento (SEMANA DA SAUDE) menos de dez sócios. UMA PENA.

FILHO DE FUMANTE

Outro dia um senhor levou seu filho para um atendimento de urgência, devido a uma dificuldade respiratória. O médico que o atendeu sugeriu tratamento homeopático e me indicou.
Ele me procurou perguntando o que eu achava. Respondi que era melhor ele não tratar comigo, pois como ele e a mãe da criança são fumantes eu não conseguiria resolver o problema do menino. Lógico que ficou meio chateado, mas é melhor que eu dar esperança infundada.
Como todo fumante, ele alegou um monte de coisas: esta pintando a casa, não fuma perto do filho, fuma no carro mas não com a criança dentro, não fica cheiro de cigarro e por aí a fora.
Ele está naquela fase de negação ou pré-contemplação de todo fumante.
Vamos entender uma coisa: estamos em fase da humanidade em que a preocupação se volta para poluição. Fala-se em sustentabilidade o tempo todo.
O que é o cigarro: poluição concentrada. Uma droga tão ou mais perigosa que as proibidas.
Além disto o cigarro corresponde a poluição concentrada em um tubinho com cara de inocente e com certo charme.
A fumaça do cigarro possui mais de quatro mil substâncias, poluidoras ou canscerigenas. Todos sabemos disto, mas qual a dificuldade em parar de fumar. Muito simples: o cigarro possui uma substância, chamada NICOTINA que provoca dependência física. O que isto significa? Significa que o corpo, o organismo, sente falta daquela substância. O fumante fica dependente de tal forma que mesmo que queira parar de fumar tem muita dificuldade, pois a química do corpo interage com a nicotina e sente falta desta a ponto de, na sua ausência, sentir mal estar.
Quer dizer que é impossível parar de fumar? NÃO!!!! Mas então como parar. Primeiro decidir que quer parar. Depois tem uma série de passos, mas só interessa para quem já decidiu parar. Enquanto isto vai levando seu filho ao médico, enchendo-o de antibióticos, corticóides ou outros produtos, que serão apenas paliativos, até que que você resolva parar de fumar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

PERIGO AO VOLANTE

Outro dia eu estava na cidade, ao volante, quando um carro grudou na minha traseira. Grudou de tal forma que se eu soluçasse ele bateria no meu carro. Normalmente eu saio da frente, mas o local não permitia. Havia diversos carros à frente.
Quando consegui escapar do meliante, vi que era um senhor de aparência respeitável. Pergunta: seria algum fator da idade que dificultava o raciocínio? Minha opinião: NÃO!!!
Porque não? Pois isto acontece todo dia: jovens, donas de casa, professores, médicos, moças, professores, políticos, mães! (Como sei quem são? Moramos em uma cidade pequena. Conhecemos, nem que seja “de vista” muita gente.) Muitos tem este comportamento.
Não é apenas isto: parar sobre a faixa de pedestre, em faixa amarela, na esquina, FILA DUPLA EM FRENTE A COLÉGIOS!!!!
Qual os motivos? Pressa? Sai mais cedo de casa! Distância? Ah! A cidade é “imensa”. As distâncias são “enormes”!!! Abuso? Falta de educação? Falta de respeito? Falta de civilidade? Irresponsabilidade? Tudo isto junto!
O carro transforma a personalidade da pessoa? Pode ser! Uma vez li que um estudo inglês mostrou que “quem dirige de forma agressiva teria problemas na esfera sexual!” Deve ser só lá!?
Ainda temos bicicletas em fila tripla na rua! Bicicletas na calçada! Bicicletas sem freio!!! Por aí afora!
Deixo claro que não lerdo ao volante, mas me irrita ter que sair da frente se eu estou no limite máximo da velocidade permitida. Se o máximo é 120 e estou a 120 porque tenho de sair da frente de um “criminoso” que está a 150 piscando o farol lá de longe? Criminoso? Bom: um desrespeitador da lei é o quê? Vamos esperar ele (ou ela) matar alguém, para chamar de criminoso.
O que falta mesmo é punição! Vigilância! Polícia! Educação no trânsito para estes é besteira! Educam-se crianças! Adultos devem ser punidos! PUNIÇÃO PARA ELES!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

FOI SÓ UMA TAMPINHA DE GARRAFA

Ontem, sábado, 21 de janeiro de 2011, por volta de 18:00 horas, em uma rotatória de uma grande cidade do Vale do Paraíba, de dentro de um carro, na minha frente, alguém arremessou uma tampinha de garrafa pela janela, que parou junto ao meio-fio.

Com a próxima chuva esta vai, com certeza, cair dentro da rede de escoamento de água. Ah! Mas foi só uma tampinha!?

Eu não tenho idéia de quantos carros passam por ali em, digamos, uma semana, um dia. Hipoteticamente que sejam dez carros a cada minuto. Seiscentos por hora. Quatorze mil e quatrocentos por dia. Se dez por cento dos carros jogarem UMA tampinha pela janela, serão mil quatrocentos e quarenta tampinhas por dia, ajudando a entupir a rede de drenagem de água da chuva da cidade. Isso só tampinha de garrafa!!!

Acredito que o carona que jogou a tampinha pela janela não deve ter acesso aos meios de comunicação, pois se tivesse ele (ou ela) já teriam visto os alagamentos provocados por esta (e outras) atitudes bobas, teriam guardado a tampinha para jogar no local adequado.

Ao abrir o farol, o mesmo carro sai em alta velocidade, acima do permitido. Subitamente ele reduz a velocidade para bem abaixo do limite. Mais adiante a explicação. Uma blitz da Policia Militar. Ele reduziu por medo de ser punido por alguma irregularidade.

Há algum tempo houve uma campanha do tipo “seja um pouco mais ético hoje! Tenha uma atitude um pouco melhor”. Algo do tipo “oito jeitos de mudar o mundo” . Tentativa vã de conscientizar a população.

Pelo exemplo do cara da tampinha chego à conclusão que não adianta apenas conscientizar. Para alguns tem que haver punição! Tem que haver vigilância. Multa. Sei lá como!? Mas fica registrado meu desabafo.

E você? Tem feito algo para melhorar o mundo?