terça-feira, 30 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

SER HUMILDE É UMA VIRTUDE!?

Para algumas culturas e religiões prega-se a humildade como sendo uma virtude. Ontem, em nossa reunião, comentei sobre o assunto e lancei a idéia de trocar humildade por NÃO ARROGÂNCIA. Mas qual a diferença? Eu não sabia bem o motivo, mas a apologia de que “ser humilde” é uma virtude me causa certo incômodo. Não que eu seja arrogante. Pelo contrário. Mas voltemos ao assunto: humildade.
Para tentar organizar as ideias fui ao dicionário e encontrei as seguintes definições para humildade:
1. virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade
2. sentimento de fraqueza, de inferioridade com relação a (alguém ou algo)
3. reverência ou respeito para com superiores; acatamento, deferência, submissão
4. falta de luxo, de brilho; simplicidade, sobriedade Ex.: a h. de seus trajes
5. condição do que é desfavorecido economicamente; pobreza, penúria
Ou seja, ao mesmo tempo em que humildade é considerada uma virtude, pode ter uma conotação negativa: sentimento de fraqueza, de inferioridade. Vejamos agora arrogância.
1. Qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez.
2. Derivação: por extensão de sentido. atitude desrespeitosa e ofensiva em atos ou palavras; insolência, atrevimento, ousadia.

“Observemos que aparecem as palavras “suposta superioridade”, “prepotência”, “desprezo”, seguidas de “desrespeito, insolência, ofensa, atrevimento, ousadia”. Isto significa que o arrogante, por se supor superior, acaba sendo insolente, desrespeitoso, atrevido e daí em diante.
Voltemos ao raciocínio inicial: humildade é uma virtude. Nem sempre. Pode ser sinal de submissão, inferioridade. Arrogância também não. Alguns arrogantes usam a humildade para dar uma de superior. Reparem nestas pessoas. Estrão à nossa volta.
Na verdade a grande qualidade não está em ser humilde ou arrogante, mas sim no reconhecimento de suas qualidades e defeitos e conseguir ser você mesmo sem ser arrogante. Ou seja, a grande virtude não está na humildade. Está na NÃO ARROGÂNCIA!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

COMO VOCÊ DIRIGE?

Não por acaso, nas noticias do final de semana predominaram comentários sobre mortes e acidentes de trânsito. Álcool, excesso de velocidade, desrespeito às leis. Todas, juntas ou separadas são responsáveis pela perda de vidas. Uma morte a cada 15 minutos. Repito a cada 15 minutos morre uma pessoa no Brasil, vitima da irresponsabilidade de alguém. Ué? Não é por acidente? ACIDENTE: Acontecimento imprevisto, inesperado. Esta é a definição dos dicionários.
Fortuito. Inesperado. Imprevisto. Se você dirige acima da velocidade. Dirige após beber. Ultrapassa pela direita. Avança sinal vermelho. Não respeita pedestre. COLA NA TRASEIRA DO OUTRO CARRO. Se você faz alguma destas coisas, está assumindo um risco. Assim, se sofrer um acidente, não será algo FORTUÍTO, INESPERADO ou IMPREVISTO, Será a consequência de uma IRRESPONSABILIDADE.
Ah! Mas eu dirijo direitinho! Tem certeza? Tenho uma teoria: ao volante as pessoas se transformam! Ou revelam sua real personalidade! Senhoras educadas falam palavrão. Fazem gestos obscenos. Pais de família se tornam violentos e agressivos.
Parar sobre a faixa de pedestres. Colar na traseira de outros carros. Estacionar em locais impróprios. Basta dar uma voltinha pela nossa cidade. Parar e observar. Em locais onde circulam até nossa elite social e cultural.
Poderia dar exemplos vários. Mas deixo por conta de quem me lê. COMO VOCÊ DIRIGE? Observe-se. Pois acredito que muita gente age sem pensar. Pense que seus atos irão afetar terceiros. Ponha-se no lugar deste terceiro.
Lembre-se: durante a leitura deste texto alguém morreu. Provavelmente um jovem, filho de alguém, vitima de “acidente”, causado pela IRRESPONSABILIDADE de alguém.

sábado, 6 de agosto de 2011

A EVOLUÇÃO DA MEDICINA

A ciência médica vem evoluindo a passos fenomenalmente largos. Exames, medicamentos, aparelhagem, próteses, transplantes. O incremento tecnológico nestes últimos anos foi fenomenal. Mas todos sentem que algo esta faltando. Sobra tecnologia e falta humanização. Falta carinho. Falta conversa.
Dor de cabeça vira uma tomografia. Dor nas costas é igual a uma ressonância. Obesidade nada mais é que um estômago a ser reduzido. O ser humano é visto de uma forma fragmentada. É a visão cartesiana do individuo.
Cartesiana vem de René Descartes, que acreditava que o universo era como um relógio, que poderia ter seu todo conhecido pela análise das partes. É o contrário da visão holística, de HOLOS, que significa todo, mas um TODO integrado.
Paralelamente à evolução tecnológica da medicina cresceu a procura pelas chamadas terapias alternativas, sejam como especialidades médicas, sejam como outras profissões da área de saúde. Esta busca vem aumentando de uma forma impressionante. Médicos e pacientes se dizem desiludidos com as terapias convencionais e partem para procurar outras formas de uso das ciências da saúde.
Assim, enquanto a tecnologia desumanizava (e ainda o faz) a medicina, a medicina alternativa era (e ainda é) o grande baluarte da humanização. Mas, qual é o melhor: a medicina tecnicista ou a alternativa? Antes de responder vamos observar duas coisas. Primeiro: não é a tecnologia que desumaniza. É seu uso inadequado. Seja exagerado ou mercantilista. Segundo: não foi a medicina que se desumanizou. Foi a humanidade. Foi o ser humano. Mas, voltemos à pergunta: qual é o melhor?
Lembro que quando fiz especialização em homeopatia (no distante ano de 1986), havia uma clara dicotomia: quem usava remédio homeopático não poderia usar antibiótico, não podia fazer RX, muito menos tomar vacina. Eu nunca concordei com esta postura (ver: http://drwerneck.blogspot.com/2010/01/afinal-homeopatia-funciona.html). Ou você usava uma forma de tratamento ou outra: “se você for usar homeopatia não precisa voltar a me procurar” diziam alguns médicos.
Passado o tempo convencionou-se mudar o termo terapia alternativa para terapia COMPLEMENTAR. Ou seja, o que era opcional passou a ser um complemento terapêutico. Mas, só mudou o nome. Ainda existe certo preconceito, de ambas as partes.
Agora, surge uma evolução. Vem crescendo o conceito de MEDICINA INTEGRATIVA. O que é isto? Nada mais é que a INTEGRAÇÃO (claro) entre as terapias convencionais e as complementares. Esta integração deve ser coordenada por um profissional que tenha formação e visão ampla, para fazer o que melhor puder ser feito para seu cliente. Exemplificando: a dor nas costas que falei acima. Pode necessitar da ressonância (nada contra). Pode ser cirúrgica (com indicações muito restritas). Pode melhorar com RPG, osteopatia, acupuntura, meditação e por aí afora.
Esta é a grande evolução da medicina do título acima. A integração das diversas formas de “medicina”. Ou melhor, das diversas formas de “assistência à saúde”. Ou seja: a compreensão que o ser humano é mais que seu corpo: é corpo, mente, alma e emoções.
PS.: Como curiosidade: no site http://nccam.nih.gov/ temos acesso a diversas informações sobre o que falei acima. O site é do NATIONAL CENTER FOR COMPLEMENTARY AND ALTERNATIVE MEDICINE do NATIONAL INSTITUTE OF HEALTHY do governo americano.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

Estamos na SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO do ano 2011. A finalidade desta é reforçar a importância do aleitamento materno para o bom desenvolvimento da criança. Mas qual o porquê de termos que lembrar algo que deveria ser natural? A principal razão vem do fato que, ainda hoje, com todas as informações disponíveis, muitas mães deixam de amamentar muito cedo. E quais seriam os motivos para este abandono precoce? O retorno ao trabalho é um deles. Hoje, as mulheres empregadas são mais numerosas que no passado. Existem leis que facilitam a vida da mulher que esta amamentando, este é um importante fator.
Outro motivo é cultural: “O leite é fraco”. “A criança mama toda hora”. A criança não engorda”. Estas diversas “desculpas” são derivadas de desconhecimento da fisiologia do aleitamento.
Um outro fator é o fato de que amamentar dá trabalho. A mãe fica “escrava” da criança. Não tem horário e ela tem que estar sempre disponível. Daí, algumas mães, claramente, não desejam amamentar. Assim surgem as mais diversas desculpas.
Mas qual a diferença entre aleitamento materno e artificial. O primeiro é óbvio: o estomago da criança está preparado para digerir o leite humano. O do bezerro para digerir leite de vaca. O do cabrito para digerir leite de cabra. Simples não? Mas e os leites em pó? Ora, são todos derivados de leite de vaca, modificados para se adaptar à digestão humana, mas ainda contendo proteínas destinadas ao estomago do bezerro.
Assim, a criança amamentada ao seio tem uma digestão mais fácil e rápida. Basta ver que quando a criança solta leite o coalho é diferente. Por ser mais rápida a criança mama com mais frequência.
Quais as outras vantagens da amamentação? O Leite materno tem anticorpos e lactobacilos que protegem a criança de infecções intestinais e respiratórias. O equilíbrio na composição do leite humano evita desnutrição e obesidade. Aumenta o vínculo afetivo entre mãe e filho. Diminui a chance alergias dos mais diversos tipos.
Para a mulher as vantagens são: reduz a probabilidade de câncer de seio. Ajuda o útero a voltar ao tamanho normal. Emagrece mais rápido. NÃO FAZ O SEIO FICAR CAÍDO.
E como amamentar? Não tem segredo: “chorou põe no peito”. Falo deste jeito para minhas clientes, sem medo de errar. A natureza dá conta de acertar horários e ritmos.
Outro dado: o leite materno é o único alimento necessário até o sexto mês de vida e ser mantido, juntamente com outros alimentos até dois anos de idade.
Para terminar, deixo o lema da campanha MUNDIAL deste ano: COMUNIQUE-SE. AMAMENTAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA EM 3D. Este lema tem por finalidade destacar que a informação é a principal arma no sentido de alertar as mães para a importância do leite materno para o bom desenvolvimento físico e emocional de seus filhos e filhas.