sábado, 14 de janeiro de 2012

NO LIMITE DO PECADO

Quem foi educado dentro do catolicismo aprendeu que existem pecados. Estes são divididos em perdoáveis e em capitais. Os pecados perdoáveis seriam aqueles que não necessitam de perdão formal. Basta uma oração que o Pai Celestial nos perdoa diretamente. Os PECADOS CAPITAIS são mais graves e necessitariam da intervenção de um sacerdote católico. Estes pecados capitais, hoje sete, são os conhecidos: GULA, AVAREZA, LUXÚRIA, IRA, INVEJA, PREGUIÇA e SOBERBA. Já existiu uma lista que incluia a MELANCOLIA como um dos pecados graves. Reparemos que cada um destes pecados corresponde a um comportamento normal exagerado ou desequilibrado. Sentir apetite é normal. Seu desequilíbrio seria a GULA. Querer guardar dinheiro é normal. Seu exagero é a AVAREZA. Gostar de sexo é normalíssimo. Querer descontroladamente é considerado LUXÚRIA. E por aí vai. Outra observação é a de que estes pecados significam que o individuo não tem controle sobre seus instintos mais primários. Mas, voltando à lista acima, comparemos soberba e melancolia. O primeiro corresponde ao exagero da autoestima. Já a melancolia seria a sensação exagerada de menos valia ou rebaixamento exagerado da mesma autoestima. Da mesma forma que o exagero para menos (existe exagero para menos?) deste sentimento foi considerado um pecado no passado, poderíamos considerar todos os opostos dos outros seis pecados também como pecado? Se preguiça é um desequilíbrio, porque o exagero no querer trabalhar (o workaholic ou “trabalhador compulsivo”) não seria também um pecado? Se IRA é um exagero da raiva, ser excessivamente pacato não seria um erro? Desta forma para cada pecado existe seu oposto. E os levemente desequilibrados? Todos nós conhecemos aquelas pessoas que dizem que “sou oito ou oitenta” ou “sou assim mesmo e não vou mudar”. Estas pessoas podem não estar cometendo pecados, mas não estariam no limite do pecado? Um exemplo seria aquele individuo que só se manifesta de forma agressiva e veemente. E ainda fala que este é seu jeito de ser. E nós temos que aturar este jeitinho? Não pecar não significa ter comportamento oposto aos considerados pecaminosos, mas sim comportar-se na justa medida do equilíbrio. Mas como atingir este equilíbrio? Pelo autoconhecimento! Por uma boa dose de autocritica! Que não pode ser exagerada também. Se eu me conheço bem, saberei reconhecer minhas qualidades e meus defeitos. Saberei tentar corrigir uns e aprimorar outros. Saberei que não é o caso de dizer “sou assim mesmo e não vou mudar”.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PLANOS DE ANO NOVO

Não sei quanto a vocês, mas eu faço os “tais planos de ano novo”. Faço mesmo, até por escrito. Escrevo estes planos para eu mesmo. Na verdade, hoje em dia, anoto tudo que acontece comigo. Escrevo o que falam para mim ou sobre mim. Escrevo até o que eu falo. Mas isto é outra conversa. Voltemos aos planos de ano novo. Podemos fazer planos todo dia. Ao deitar a cabeça no travesseiro, por exemplo. Mas eu faço, todo final de ano uma revisão do ano que passou. Esta revisão tem uma espécie de rotina. Descarto objetos, roupas, revistas e objetos não utilizados no ano que terminou. Revejo minhas rotinas e atividades. Revejo as metas relacionadas no ano anterior. Vejo, principalmente, se foram alcançadas ou não. Em caso negativo, avalio os motivos. Na maior parte cumpro os planos. No mínimo organizo minhas roupas. Você já reparou como guardamos coisas inúteis e velhas? Estas coisas acumulam pó e deixam nossos armários desorganizados. Ao descartar “entulhos”, de certa forma, simplificamos nossas vidas. Neste processo descobri que acabo me livrando até de entulhos mentais. Coisas velhas e inúteis são retiradas de minha mente. Rancores são desprezados e eliminados. Da mesma forma que um guarda-roupa sem velharias simplifica minha vida física, melhoro minha vida mental e afetiva. Meus planos já estão elencados. No mesmo caderno em que relacionei os planos de 2011. Daqui a um ano veremos quais eu alcancei ou não. Só um detalhe: perder peso não faz parte desta lista!