Não sei precisar a data, mas em
determinado momento da vida percebi que havia perdido a inocência. Calma! Não
me refiro à vida sexual. Quanto a esta eu lembro com exatidão e detalhes o momento.
Falo sobre aquela inocência da criança que confia e acredita em todos. Aquela
que faz com você não desconfie de ninguém. Falando em desconfiar, vivemos uma
sociedade desconfiada.
Desconfiamos dos políticos, da
polícia, dos vizinhos, dos amigos. As pessoas enxergam, quase sempre, segundas intenções
em tudo e em todos. Acham que todo mundo é ladrão. Tenho minha teoria sobre esta
situação, mas não é este meu tema. O tema é quando perdi a inocência. Na verdade
é quando percebi que não era mais inocente, no sentido acima descrito. Quando
percebi que desconfiava das intenções das pessoas.